Diz-se por aí que são os profissionais que operam na sombra, aqueles que fazem acontecer, e que só são notados quando algo falha, mas a verdade é que sem eles o mundo estaria um caos. Falamos dos logísticos, claro. Estes profissionais que “fazem a máquina andar”, e que são cada vez mais procurados, estão a extinguir-se.

Do centro de distribuição ao armazém local, do camião ao navio, do picking ao last mile, todas as funções da cadeia de abastecimento são extremamente importantes para o seu correto funcionamento. É difícil perceber qual a área mais importante, pela simples razão de que tudo funciona de forma interligada. É um elo completo que funciona em cadeia, razão pelo qual tem o nome “cadeia de abastecimento”.

Quando algum ponto falha, sentem-se as repercussões a montante e a jusante. Dependendo de onde ocorra o problema, pode dar-se uma quebra ou um excesso de produção, falta de stock ou armazéns que não conseguem escoar os produtos, entre outros problemas que, de um modo ou de outro, acabam por gerar falhas nas entregas.

Atualmente, temos assistido a uma reformulação da profissão. Devido a questões como a digitalização, a automatização e a automação, estes cargos têm procurado profissionais cada vez mais aptos para lidar com estas novas tecnologias, e com diferentes soft skills. No entanto, mesmo numa época cada vez mais digital e robotizada, as pessoas continuam a ser o foco das empresas. E porque o coração é humano e não uma máquina, também o coração das empresas deve ser as pessoas.

Por parte dos colaboradores, já não é apenas o salário o fator determinante, mas também possíveis bónus, sejam eles monetários, materiais ou através de serviços, bem como outras vantagens como a possibilidade de fazer teletrabalho, a flexibilidade horária, o ambiente empresarial, etc.

A nível interno, por vezes um ligeiro custo adicional por mês, através destes incentivos, poderá poupar à empresa vários custos indiretos, pois há que ter em conta que a perda de um colaborador não é apenas um ligeiro abrandamento nas operações. A substituição de um colaborador envolve grandes gastos, desde logo na procura de um novo profissional (num mercado em que a oferta está escassa), na sua formação e acompanhamento, e todo o tempo dedicado a essa pessoa. Custos que poderiam ser evitados ao manterem essa pessoa.

De forma a traçar um perfil deste novo profissional de logística, bem como um estado do setor, abordámos várias empresas e entidades de diferentes áreas, bem como um futuro profissional do setor.

Para este artigo contámos com a ajuda da Randstad, RSDG Human Capital, Adecco, APOL, PPG Industries, Jungheinrich, e com um estudante da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique (ENIDH).

Poderá aceder ao artigo completo com a opinião dos profissionais na SCMedia News #50.