Teve lugar ontem, 28 de março, a cerimónia de colocação da primeira pedra do futuro entreposto logístico do Lidl, em Loures. Trata-se de um investimento de 110 milhões de euros num armazém de 54.000 metros quadrados, embutido num terreno de 19,80 hectares, que deverá estar operacional já no próximo ano.

Este novo entreposto logístico terá uma capacidade instalada para 44.000 paletes, 111 cais de cargas e descargas de mercadorias, e irá abastecer mais de 100 lojas, vindo dar suporte aos entrepostos de Sintra, Torres Novas, Palmela e, mais recentemente, Santo Tirso.

“É com muito orgulho e satisfação que realizamos a cerimónia oficial e colocação simbólica da primeira pedra de mais um entreposto do Lidl em Portugal”, destacou Milton Rego, administrador de Infraestruturas e Expansão do Lidl Portugal. O responsável recorda que “as primeiras lojas do Lidl em Portugal foram abertas ao público em junho de 1995”, e que “para garantir o abastecimento inicial das lojas, foi construído, durante os anos de 94 e 95, o entreposto de Sintra. À presente data, Sintra ainda abastece fielmente mais de 60 lojas da região centro”.

Hoje, Milton Rego considera que assinalam “um importante investimento em Loures, de 110 milhões de euros, que traduz o nosso compromisso e empenho com o país, com esta região, com os nossos colaboradores, fornecedores, parceiros e clientes. O terreno escolhido conta com uma localização privilegiada e estratégica para o nosso crescimento empresarial, permitindo melhor servirmos a comunidade. Juntamente com os nossos parceiros, vamos fazer nascer mais um marco de referência na logística em Portugal”.

Com mais de 270 lojas de norte a sul do país, o Lidl Portugal passará a ter um reforço para o abastecimento da região centro, contando “com os materiais mais eficientes do mercado e com soluções de conforto de trabalho e operações vanguardistas”, adianta a empresa, contando com mais de 80 empresas portuguesas envolvidas na construção da infraestrutura.

“Esta obra tem uma complexidade de engenharia pouco vista em Portugal – o novo entreposto do Lidl surge implantado numa antiga pedreira e vazadouro, cuja atividade cessou no ano 2000, e procura o reaproveitamento dos produtos de vazadouro aí colocados, exigindo um projeto cuja componente geotécnica é de enorme impacto e importância, a movimentação de quase 2 milhões de m³ de terra”, nota ainda a empresa.

Ao nível da sustentabilidade, este entreposto irá contar com uma certificação BREEAM, e para a sua obtenção, contam com:

  • Um sistema de gestão energética que, aproveitando a luz solar incidente, gere as necessidades de energia artificial no seu interior, possibilitando a redução de consumo de energia;
  • Painéis fotovoltaicos para produzir energia elétrica de autoconsumo, “uns impressionantes 2,5 MWp”, destacou Milton Rego, “o suficiente para abastecer 80 moradias por ano”;
  • Carregadores para veículos elétricos;
  • Sistemas de captação e aproveitamento de águas pluviais;
  • Câmaras de frio, com recurso a gases naturais que minimizam os efeitos nocivos para a camada do ozono, com sistema AVAC integrado no sistema de frio industrial, reaproveitando a “energia” libertada e normalmente desperdiçada neste tipo de sistemas.

 

Também presente na cerimónia esteve o Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, que parabenizou o Lidl Portugal pela criação deste entreposto, acompanhada pelo compromisso da responsabilidade social e ambiental, e do seu contributo para a economia nacional. “O Lidl é um grupo muito importante para o país, veio introduzir uma nova dinâmica, uma nova competitividade no setor de retalho em Portugal. É a competitividade dos mercados que permite desenvolver a economia e que leva não só a própria empresa a ser cada vez melhor, mas os outros a serem melhores e é disso que nós precisamos. Nós temos uma economia aberta, competitiva e o setor do retalho é vital para o país. Quero dar os parabéns por este centro logístico que é uma obra magnífica, é um grande desafio em termos de engenharia, com a adoção dos mecanismos de economia circular em termos do fluxo de materiais”, destaca o ministro.

“Muitas vezes nós não damos atenção à logística, mas a logística é como a saúde: só damos por ela quando falta” – António Costa Silva.

Durante o seu discurso, notou também a importância da sua centralidade, e o seu contributo não só para a própria empresa ao nível das operações, mas também para o concelho de Loures. “Nós temos aqui caminho para o desenvolvimento da economia, e eu penso que só podemos ter um país forte, um Portugal cada vez mais desenvolvido, se os nossos concelhos, e as nossas empresas, construírem este tipo de parcerias”, acrescenta ainda.

Por parte da Câmara Municipal de Loures, o presidente, Ricardo Leão, começa por considerar que “hoje é um dia muito feliz para Loures”. O autarca destaca a importância de investimentos privados como este entreposto para a economia nacional e do concelho, e que “é o investimento privado que faz com que os concelhos progridam, que se fixe emprego, que se crie riqueza, que se crie valor acrescentado”.

Ricardo Leão destaca ainda a importância da rapidez na mobilização das equipas para que o projeto fosse concluído quanto antes, e que “como se costuma dizer no privado: Tempo é dinheiro. E, de facto, a rapidez com que as Câmaras Municipais demonstram conseguir agilizar processos e respostas às solicitações que nos são diariamente colocadas, essa é, muitas das vezes, aquilo que diferencia a escolha do privado num investimento nos concelhos”.

Em jeito de conclusão, Milton Rego remata salientando que “este não será apenas mais um entreposto ou mais um centro logístico, mas sim uma referência que marcará todos os que nela participarem, e que dela vierem a usufruir”.