A DPD apresentou recentemente as conclusões do Barómetro e-shopper, uma pesquisa sobre o e-commerce em Portugal durante 2022, que mostram que este foi um ano de decréscimo no número de consumidores online, passando de 74% em 2021 para 66%. Os números refletem não só a necessidade dos consumidores voltarem a fazer as suas compras fisicamente, mas também o impacto da inflação.

Para a DPD, o segredo para compreender esta oscilação está na “evolução dos hábitos dos consumidores, antecipando tendências para, dessa forma, podermos adaptar a nossa operação às correntes necessidades dos nossos clientes e dos consumidores finais”, afirma Carla Pereira, diretora de marketing e comunicação da DPD Portugal.

Embora a escalada da pandemia não tenha permitido à empresa de transporte expresso uma antecipação, “o cenário de crescimento das compras online em período de confinamento veio validar o caminho que a DPD já vinha a traçar na adaptação da sua oferta ao gradual crescimento do e-commerce em Portugal: não só assistimos ao crescimento do número de consumidores a comprar online, como a mais negócios a transitar ou a nascer no online”, comenta.

Durante a apresentação do Barómetro e-shopper 2022, foi referido que os consumidores querem ter um papel ativo em todo o processo de compra de um produto, desde o momento em que criam a encomenda, até às preferências da entrega. De acordo com Carla Pereira, “o papel cada vez mais ativo dos consumidores no processo de entrega não impacta necessariamente a nossa capacidade logística, mas antes a forma como essa resposta é dada, permitindo até uma melhoria da qualidade do serviço prestado”.

Se o consumidor puder determinar o local, data e janela horária da sua entrega, isso impacta a “eficiência e qualidade do serviço”, satisfazendo as necessidades do cliente e prevenindo uma deslocação sem sucesso. “No final de contas, esta maior autonomia do consumidor na escolha das suas preferências de entrega permite-nos, em termos logísticos, alocar os nossos recursos de forma mais eficiente, garantindo um serviço mais rápido, ágil e de acordo com as necessidades dos consumidores”, revela.

Outra das conclusões a que o estudo faz referência é a preocupação dos consumidores portugueses com a sustentabilidade, desde a produção dos artigos até à sua entrega. Neste sentido, a DPD tem “apostado, em primeiro lugar, na descarbonização da nossa frota, contando já com 127 viaturas elétricas em todo o país, que nos têm ajudado no caminho de redução das emissões poluentes nas deslocações efetuadas pelos nossos estafetas”, indica Carla Pereira, acrescentando ainda as opções de entrega Out-of-Home, nomeadamente em pontos Pickup ou lockers, que concentram as entregas em menos locais.

Em julho de 2022, a Geopost submeteu uma candidatura à iniciativa Science Based Target (SBTi), já aprovada, com o objetivo de alcançar emissões net-zero, “tornando-nos a primeira empresa de entrega de encomendas do mundo a alcançar esta aprovação”, aponta Carla Pereira, acrescentando que “esta etapa demonstra a ambição da Geopost em liderar as emissões net-zero no mercado em que operamos, e traduz-se num compromisso de reduzir as emissões poluentes em 43% até 2030, e em 90% até 2040, em relação aos valores obtidos em 2020”.