A Autoeuropa está a recorrer ao Porto de Leixões para conseguir escoar os veículos que saem prontos da sua fábrica em Palmela. 

Segundo o Jornal de Negócios, a crise de “chips” obrigou a Autoeuropa a fabricar automóveis inacabados, deixando-os, posteriormente, estacionados no exterior da empresa em Palmela. Desta forma, quando a produção de veículos retomou, o porto sadino deixou de ter o espaço necessário para albergar os mesmos, recorrendo a outros parques em Setúbal e Lisboa. Não obstante, estes tornaram-se também insuficientes para manter todos os veículos inacabados, levando o Porto de Leixões a ser a solução encontrada pela empresa do Grupo Volkswagen para transportar e escoar estes carros, à semelhança do que já tinha ocorrido há pouco mais de quatro anos, quando se deu uma paralisação dos estivadores do porto de Setúbal e em que foi necessário que a Autoeuropa encontrasse formas alternativas para transportar a sua produção.

Esta operação foi agenciada pela Navex – Empresa Portuguesa de Navegação, e realizada pela APDL e o operador portuário TCGL, sendo utilizado um navio de carga Ro-Ro para a movimentação de veículos na área portuária. Ao todo foram carregadas 2.400 viaturas, com destino a Emden, na Alemanha, passando pela descarga um total de 360 viaturas oriundas da mesma cidade germânica.

“A APDL e o operador portuário TCGL congratulam-se pela eficácia desta operação e pelo modo eficiente como responderam às necessidades da Autoeuropa, numa operação que se revelou de grande sucesso”, apontou a administração portuária.

Também de acordo com o Negócios, para além dos automóveis já presentes no Porto de Leixões, estão previstos chegar até ao final do mês de fevereiro mais de seis mil viaturas. Na próxima semana sairá também a primeira remessa com destino a Emden.