Durante a sua intervenção na ILA Berlin Air Show, Guillaume Faury, CEO da Airbus, referiu acreditar que a crise nas cadeias de abastecimento deve diminur a partir de meados de 2023, “já que as crises geralmente duram de 12 a 18 meses no país”, segundo apurou a Reuters.

A ideia defendida por Guillaume Faury também foi suportada pelo seu concorrente, Dave Calhoun, CEO da Boeing, que considerou que os problemas na supply chain só deveriam durar até ao final de 2023.

Embora a guerra tenha complicado os planos mundiais, não afetou as metas de produção da Airbus, tendo o CEO apontado ao jornal alemão FAZ que o fornecimento será garantido mesmo que as exportações russas sejam embargadas. Os objetivos da empresa continuam a ser 65 aviões de corredor único por mês até ao verão de 2023, e apesar da guerra, o grupo vai continuar a ter capacidade para obter as matérias-primas, principalmente as mais necessárias tais como titânio.

“Expandimos o armazenamento para que possamos – se for necessário – gerir o tempo até que consigamos usar outras fontes de abastecimento”, explicou ainda Guillaume Faury.

Deste modo, a Airbus deverá voltar aos níveis pré-pandemia, para os voos de curta e média distância já em 2023, e para os de longa distância em 2025.