Foi nesta segunda-feira (dia 23 de maio), que o Novobanco explicou a razão pela qual se desfez de um portefólio imobiliário de ativos de logística. Esta concretização originará um impacto positivo de 35 pontos base no rácio de capital total da instituição bancária.

O comunicado feito pelo banco à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) indica que o contrato realizado de compra e venda faz referência a ativos, detidos, maioritariamente, pelos fundos imobiliários do banco NB Património e NB Logística, compreendendo-se na sua maior parte “ativos de logística localizados em Portugal”. A empresa, em março de 2022, possuía cerca de 75% do portefólio em questão.

“A concretização da transação, nos termos acordados, deverá ter um impacto positivo de cerca de 35 pontos base no rácio de capital total do grupo Novobanco”, definindo o sucesso desta transação e refletindo “o momento positivo do mercado deste segmento imobiliário, com uma redução significativa da yield nos últimos 12 meses e consequente aumento do preço, dado o aumento da procura por ativos logísticos pós pandemia”, ressalta o banco liderado por António Ramalho.

“Esta transação fazia parte das medidas previstas pelo Grupo Novobanco para acelerar o desinvestimento de ativos não-core, e constitui uma das medidas que juntamente com outras a serem implementadas resultarão em geração de capital ao longo de 2022”, remata.

Relembramos que não é a primeira vez que o Novobanco tem vindo a vender carteiras de ativos logísticos como créditos malparados e imóveis, tendo em mente limpar o balanço que foi herdado do BES. De modo consequente, o Novobanco possui proteção contra perdas registadas nestas operações por via de um acordo capital contingente que ronda os 3.89 mil milhões de euros.