A Repsol anunciou um investimento de 657 milhões de euros para ampliar o seu Complexo Industrial de Sines. Em comunicado, a empresa afirma que este é o maior investimento industrial realizado em Portugal nos últimos 10 anos.

A ampliação pretende estar alinhada com os objectivos do Acordo de Paris e com a transição energética, sendo que contempla a construção de duas novas fábricas para produzir materiais poliméricos de alto valor acrescentado, 100% recicláveis para as indústrias automóvel, farmacêutica, agro-alimentar e outras. Nomeadamente, a construção de uma fábrica de polietileno linear (PEL) e uma fábrica de polipropileno (PP), cada uma com uma capacidade de 300.000 toneladas por ano.

Este projecto “permitirá desenvolver mais sinergias na área industrial, melhorar a conexão ao mercado europeu, e reduzir a pegada de carbono do transporte dos produtos”, considera a empresa.

Para Josu Jon Imaz, CEO da companhia, “este investimento demonstra o empenho da Repsol no seu complexo industrial em Portugal. A Companhia está empenhada no desenvolvimento industrial, que permite a transição energética, ao mesmo tempo que cria riqueza e emprego de qualidade”.

A aicep, em comunicado, salienta que além dos 657 milhões de euros nas duas novas fábricas de polímeros, o projecto de expansão da Repsol inclui ainda “22 milhões de euros em tancagem e pipelines para produtos, 18 milhões em interligações eléctricas e mais de 30 milhões de euros em equipamentos de geração de electricidade de fonte renovável para autoabastecimento”, num valor total superior a 725 milhões de euros.

Segundo a entidade gestora da ZILS, o novo projecto da Repsol Polímeros vai “acrescentar mais 51 hectares ao seu Complexo Petroquímico”, instalado em Sines, e “mais 57 hectares de recuperação ambiental com a instalação de painéis fotovoltaicos, num areeiro agora desactivado, para um total de 250 hectares da Repsol Polímeros na ZILS”.A conclusão prevista da obra é 2025 e o governo considerou o projecto da Repsol para a ampliação do Complexo Industrial de Sines como sendo de potencial interesse nacional (PIN) e contratou incentivos fiscais ao investimento no valor de até 63 milhões de euros.