Há 50 anos, a 31 de Março de 1971, líderes de algumas das maiores empresas produtoras internacionais, nomeadamente, Heinz, General Mills, Kroger e Bristol Meyer, reuniram-se em Nova Iorque para criar a sequência numérica que transformaria a economia global para sempre: o Global Trade Item Number, conhecido como GTIN. Esta sequência numérica que identifica, de forma única, cada produto, é a matriz do código de barras, o standard da cadeia de valor mais importante da história, tendo inaugurado a era da distribuição moderna. Hoje, o GTIN é lido mais de seis mil milhões de vezes por dia e continua a ser um dos símbolos mais confiáveis ​​em todo o mundo.

Quando foi criado, os seus fundadores, em atitude colaborativa e inovadora, acreditavam que o GTIN poderia ter impacto significativo muito além da distribuição de bens de consumo, transpondo os limites dos pontos de venda, por comportar informação relevante para toda a cadeia de valor, aumentando a velocidade e eficiência de transacções e processos que poderiam transformar tudo, da cadeia de abastecimento à experiência de consumo. Décadas depois, a BBC classificaria o GTIN como um dos “50 alicerces da economia mundial”.

Hoje, os standards GS1, de que o GTIN é exemplo, continuam a contribuir para a rapidez, eficiência e segurança dos negócios, a nível global, independentemente da respectiva complexidade e tendo evoluído para além do retalho, na sua génese, simplificando todos os tipos de processos, em quase todos os sectores, em todo o mundo. “A própria Google, numa publicação no seu blog, alertou para a importância de informação de produto rigorosa e unívoca, destacando os benefícios para produtores e retalhistas e referindo-se ao GTIN da GS1 como uma fonte de informação exemplar e de referência”, revela a GS1 Portugal em comunicado de Imprensa.

Com os consumidores a exigirem cada vez mais e melhor informação sobre os produtos, a GS1 continua a adaptar o seu Sistema de Standards para uma resposta a essa necessidade, continuando, no entanto, o GTIN a ser elemento fundamental das soluções encontradas. Os desenvolvimentos registados a este nível, de que é exemplo a codificação bidimensional, com o GS1 Data Matriz, para o sector da saúde, por exemplo, permite oferecer já, com o GTIN, muito mais informação do que a contida num código de barras.

O recurso a codificação bidimensional noutros sectores, nomeadamente, no agro-alimentar, permitirá, por exemplo, revelar aos consumidores se um produto contém alérgenos, se é orgânico e ainda conter informações sobre o seu impacto ambiental.

“Ao comemorar esta efeméride, reconhecemos o impacto histórico de uma iniciativa colaborativa, expressão de uma forma de liderança muito à frente do seu tempo, e perspectivamos com entusiasmo o que ainda está por fazer, as oportunidades que este recurso extraordinário ainda nos oferece. Apelamos, por isso, à comunidade empresarial para que se inspire neste testemunho de inovação e se posicione na resposta às necessidades da economia do século XXI, procurando a transição digital e reconhecendo na qualidade de dados uma vantagem competitiva”, explica João de Castro Guimarães, Director Executivo da GS1 Portugal. E acrescenta: “agora é hora de passar o testemunho para a próxima geração de executivos. As opções são inúmeras. Da codificação bidimensional às soluções de certificação da qualidade dos dados de produto, como a solução Verified by GS1, de que já dispomos, procuraremos colaborar com a nossa comunidade empresarial facilitando os mecanismos que permitirão fazer face com sucesso e prosperidade aos próximos cinquenta anos”.