A Zipline, um serviço de entrega por drones especializado em equipamentos médicos, criada por uma start-up norte-americana, anunciou que pretende começar a transportar vacinas contra a COVID-19 já em Abril.

A start-up fechou uma parceria com uma “fabricante líder em vacinas para a COVID-19”, segundo a mesma, em todos os mercados onde os seus drones operam actualmente.

Desde 2016 que a Zipline tem entregado medicamentos e equipamentos a clínicas rurais no Ruanda e Gana e, no ano passado, iniciou entregas de EPI’s em hospitais e clínicas no estado da Carolina do Norte. A empresa planeia, ainda este ano, começar a operar na Nigéria.

Apesar de não querer informar qual a empresa que fabrica a vacina, a Zipline afirma que desenvolveu um sistema que pode fornecer equipamentos médicos com temperatura ultrabaixa, incluindo todas as principais vacinas contra o vírus.

O imunizante desenvolvido pela Pfizer e pela BioNTech deve ser armazenado em temperaturas negativas de 70ºC, exigindo sistemas de refrigeração especiais. A start-up pretende equipar todos os seus centros de distribuição com esses refrigeradores.

A Zipline evita que as vacinas se estraguem, uma vez que fornecem repetidamente um pequeno número de doses a pedido. De acordo com a empresa, uma clínica da sua rede poderá solicitar algumas dezenas de doses se uma vacina contra a COVID-19 e recebê-las em temperatura ultrabaixo em menos de uma hora.

Os drones de asa fixa e movidos a bateria da Zipline navegam por GPS. Lançam cargas úteis por paraquedas e podem voar até 160 quilómetros num trajecto de ida e volta. Um único local de distribuição pode operar dezenas de drones e abastecer uma área de até 20.800 quilómetros quadrados. A empresa diz que os seus drones voaram mais de 6 milhões de quilómetros e fizeram quase 400.000 entregas nos últimos cinco anos.

O CEO da Zipline, Keller Rinaudo, disse que a empresa quer ajudar áreas rurais que foram duramente atingidas pelo coronavírus. “O local onde se vive não deve determinar se se receberá ou não a vacina contra a Covid-19”, refere. “Podemos ajudar os sistemas de saúde a contornar os desafios de infraestrutura e da cadeia de abastecimento através da entrega instantânea”.