A multinacional holandesa Philips descobriu recentemente que apenas 10% dos seus fornecedores estavam a cumprir com todos os seus critérios de sustentabilidade, após ter adoptado um modelo de aproximação de “tamanho único”, e como tal, a empresa não estava a monitorizar os critérios de sustentabilidade dos seus fornecedores tão regularmente. Ao mesmo tempo, faltavam incentivos e penalizações para regular o cumprimento por parte dos fornecedores, e a equipa de procurement sentiu a necessidade de mudar para um sistema mais eficaz.

A empresa implementou um sistema de auditoria que divide os fornecedores em quatro grupos: Best in Class; Do It Yourself; Supplier Sustainability Improvement Plan; e Zero Tolerance, o que permite que eles adoptem uma abordagem a cada organização. O novo modelo tem ainda a vantagem de diminuir a papelada para os fornecedores que já se encontram comprometidos com a sustentabilidade, e para outros define o padrão para os ajudar a recuperar o atraso.

Desta forma, os fornecedores preenchem uma auto-avaliação e apresentam evidências de políticas, procedimentos e comunicações antes de trabalhar com a Philips, sendo essa avaliação pontuada com uma classificação que os distribui pelos níveis descritos.

  1. Best in Class – Fornecedores com alta pontuação e maturidade em sua abordagem de sustentabilidade. Não é necessária nenhuma acção adicional.
  2. Do It Yourself – Fornecedores com espaço para melhorias e que desejam fazer mudanças. Esses fornecedores elaboram e executam planos de melhoria.
  3. Supplier Sustainability Improvement Plan – Para fornecedores com baixo nível de maturidade em sustentabilidade, mas com considerável potencial de melhoria. A Philips trabalha em estreita colaboração com esse grupo, faz visitas ao local e cria planos detalhados com KPI’s mensuráveis.
  4. Zero Tolerance – Para fornecedores com pontuação extremamente baixa e sinais de alerta que violam os regulamentos éticos e ambientais obrigatórios da Philips. Este grupo fornece mais evidências para esclarecer a natureza dos problemas. Se estiver incorporado estruturalmente, eles devem se comprometer a fazer alterações para que possam ser movidos para outro grupo. Se a pontuação permanecer baixa, esses fornecedores serão impedidos de fazer negócios com a Philips.

Desta forma, a Philips consegue dividir os seus fornecedores, actuais e futuros, de acordo com a sua importância comercial para a empresa, bem como direccionar aqueles que têm maior potencial de melhoria e dar-lhes prioridade. Por outro lado, aumentou a visibilidade da empresa para com os fornecedores que precisam de suporte ou incentivo, e deixou de se focar tanto nos gastos em sustentabilidade e mais no desempenho, restabelecendo a sustentabilidade como uma oportunidade para a melhoria contínua.