Decorreu ontem o Encontro Virtual de Transporte da Asociación Española de Códigos de Comércio (AECOC), e serviu para reflectir sobre o futuro dos processos logísticos e sobre as melhorias que as empresas podem fazer dentro das suas organizações para alcançar níveis de eficiência mais elevados no fornecimento, tendo em conta o contexto actual de pandemia.

Félix Ávila, Business Project Director da Luís Simões, reforçou a importância de optimizar as operações de transporte, partilhando a sua visão sobre como esta nova situação afectou a actividade e a produtividade nos transportes, com realce para o sector dos transportes e da logística, e o papel-chave do operador logístico na redução dos tempos improdutivos.

Ainda durante o Encontro Virtual de Transporte da AECOC debateram-se os efeitos da pandemia nos operadores logísticos, um momento em que a situação de confinamento acelerou os hábitos de consumo, tendo dado lugar a um notável aumento do e-commerce.

“Chegámos a registar picos de procura de mais de 123% nas operações de comércio electrónico, algo semelhante aos níveis da Black Friday ou do Natal. As empresas e os operadores têm-se reinventado para poderem dar resposta a esta nova realidade”, comenta Félix Ávila, e ambas as partes tiveram de rever os seus processos e procurar soluções para encurtar os períodos improdutivos, sobretudo tendo em conta que um dos maiores aumentos da procura se verificou nos bens de primeira necessidade.

Na sua intervenção, destacou alguns pontos principais que considerou determinantes para alcançar a optimização dos períodos: a gestão adequada das slots de carga e descarga, a redução dos tempos no armazém e o fomento do planeamento antecipado.

Félix Ávila destacou que a constante adaptação ao mercado e a diversificação de serviços contribuíram para o êxito da Luís Simões, e a redistribuição de recursos desempenhou um papel fundamental, já que permitiu gerir de forma eficiente a crescente procura.

A Luís Simões activou novos turnos e ampliou os armazéns nas operações que registaram aumentos de actividade, e transferiram veículos entre actividades, como camiões que normalmente se dedicavam a operações de transporte para o sector automóvel que passaram a distribuir, por exemplo, alimentos.

“Qualquer situação de mudança é sempre uma oportunidade para nos adaptarmos e inovarmos, e é isso que o contexto actual pede. A nova normalidade trouxe novas práticas de consumo e, como peça-chave do puzzle, a cadeia logística deve actualizar-se e oferecer soluções rentáveis que permitam o crescimento sustentável do mercado”, conclui Félix Ávila.