Avançada pelo jornal Jornal de Negócios”, a notícia surge depois de a companhia aérea ter registado prejuízos de 582 milhões de euros no primeiro semestre e estar ainda a definir o seu plano de reestruturação financeira.

Devido à quebra da actividade e aos últimos prejuízos semestrais, a TAP viu-se forçada a renegociar o plano de renovação da frota que estava desenhado para os próximos anos. “Encontra-se em curso uma revisão do plano de frota de curto e médio prazo, que engloba já as renegociações fechadas com a Airbus e alguns [locadores]”, diz a transportadora aérea no relatório semestral.

Segundo o “Jornal de Negócios”, a companhia aérea adiou, para já, a compra de 15 aviões, para assim conseguir poupar cerca de mil milhões de dólares (cerca de 856 milhões de euros, ao câmbio atual). A anterior administração planeava encomendar 71 aviões à Airbus até 2025, num processo que já estava em curso este ano.

Perante o impacto da pandemia, a TAP conseguiu adiar a maioria das entregas dos aviões, bem como negociar a possibilidade de troca de aeronaves já encomendadas por outros modelos, “a avaliar em função da retoma de mercado e necessidade na altura”. O acordo agora alcançado com a Airbus permite reduzir o investimento previsto entre 2020 e 2022 em “aproximadamente 1.000 milhões de dólares”.

Actualmente, a companhia tem 108 aeronaves e ainda não se sabe em que moldes é que a frota será reduzida – sendo que esse plano terá de ser proposto à Comissão Europeia, no âmbito da reestruturação da empresa, depois de ter recebido ajuda financeira do Estado. Para já, a companhia refere que “está em curso a possível venda de seis a oito aeronaves, estando também a ser estudada a devolução antecipada de aeronaves em regime de locação operacional e a potencial venda de aeronaves em regime de locação financeira”.