Em nota de imprensa, a Associação dos Transitários de Portugal (APAT) procurou dar os seus contributos para a participação no debate em torno do Plano de Estratégia e Recuperação 2020-2030, tendo estes sido também endereçados ao gabinete do professor António Costa e Silva, presidente da Comissão Executiva do Grupo Partex e gestor independente convidado pelo Governo para ajudar na retoma da economia após o COVID-19.

“A APAT congratula-se com as recentes notícias veiculadas por membros vários do governo, nomeadamente no que diz respeito à concretização de um plano de plataformas logísticas/portos secos”, começa a associação por destacar, relativamente às intenções inicialmente manifestadas pela cidade da Guarda.

“Temos vindo a defender a necessidade emergente e relevante destas infra-estruturas como pilares basilares de mais e melhor logística, pois não é apenas necessária a infra-estrutura para que carga viaje, mas igualmente fundamental para a carga apanhar o comboio, o camião, o navio e o avião”, comenta a APAT.

Acredita ainda que apesar de não podermos ter estações para a carga a cada 20 quilómetros, “podemos e devemos olhar para o que queremos fazer, onde fazer, como fazer e o que fazer à carga para que esta tenha condições para circular da forma o mais eficientemente e economicamente mais competitiva possível”. Nesse sentido, explica que esta ideia é no sentido de “perceber a melhor forma para alargar o hinterland dos nossos portos e fazer com que as ‘nossas’ cargas viagem por, e para essa Europa fora”.

A APAT defende o potencial que Portugal tem: “temos os melhores portos europeus, falta-nos um aeroporto que funcione como hub da carga entre o Oriente e o Ocidente e falta-nos igualmente dois hubs de carga terrestre entre o Oriente e Américas e a Europa”.

“Portugal tem, neste momento, condições para se tornar uma excelente ‘placa giratória’ de cargas entre continentes”

“A APAT entende que os transitários são líderes da logística internacional”, e avança com a informação de ter sido enviada esta preocupação ao Prof. António Costa e Silva na sexta-feira passada, “como complemento ao Plano Estratégico e Recuperação para Portugal 2020-2030”.

“Não podemos encapotar a nossa responsabilidade e por isso mesmo assumimos este desiderato de ajudar, com a nossa visão, opinião e conceito o nosso país”, conclui a associação.