Dois meses depois do acordo de fornecimento de 300 milhões de doses de vacina da AstraZeneca à UE, que pode vir a ser expandido para os 400 milhões, sabe-se que Portugal irá contar com 6,9 milhões de doses. Fonte do Infarmed referiu à TSF que o primeiro lote de 690 mil doses poderá chegar já em Dezembro.

Recentemente deu-se ainda o pré-acordo de compra de mais 200 milhões de vacinas da Johnson & Johnson, e caso esta mostre ser eficaz e segura, podendo posteriormente passar a um total de 400 milhões de doses para os Estados-Membros e doações a países de baixos rendimentos.

Os preços ainda não estão fixos, mas sabe-se que irão variar consoante as empresas que a fornecem tendo em conta os seus componentes.

Ainda há países que não sabem como reagir quanto à vacina e se devem agir sozinhos ou juntando-se a parceiros, como é o caso do Brasil, que pondera entre acordos bilaterais com grupos farmacêuticos ou juntar-se a outras nações num ‘pool financeiro’. Por outro lado, nos EUA, o governo de Donald Trump focou-se no “America First”, e já estabeleceu contratos de compra com laboratórios diferentes. A China, por outro lado, tem o seu foco no desenvolvimento da sua própria vacina, e já se encontra próxima de encontrar a cura. Enquanto isso, na Europa, a compra conjunta está a prevalecer.

Ao nível do desenvolvimento e produção da vacina, também as Regeneron e Roche anunciaram ontem uma colaboração, estando a primeira responsável pela distribuição da vacina REGN-COV2, a combinação de anticorpos antivirais experimentais da Regeneron, nos EUA e a segunda para fora do país. Com a colaboração entre as empresas, é esperado que a capacidade total aumente em pelo menos 3,5 vezes, aumentando substancialmente o número de doses disponíveis para os pacientes.

“Estamos entusiasmados com o potencial de um medicamento servir tanto como um tratamento para os infectados, como para a protecção das pessoas expostas ao vírus. A REGN-COV2 pode ser uma linha crítica de defesa contra a pandemia COVID-19”, disse Bill Anderson, director executivo da Roche Pharmaceuticals. “Estamos a comprometidos com a nossa experiência e capacidade de fabrico, e a nossa rede global de distribuição, para trazer a potencial combinação de anticorpos da Regeneron para o maior número possível de pessoas em todo o mundo”.

Por parte da Regeneron, Leonard S. Schleifer, co-fundador e CEO da empresa, comenta que “a Regeneron progrediu no programa de investigação e desenvolvimento REGN-COV2 a uma velocidade recorde e trabalhámos incansavelmente para maximizar a nossa capacidade de produção interna. Esta colaboração com a Roche dá-nos uma importante escala e conhecimento global para levar o REGN-COV2 a muitos mais pacientes nos Estados Unidos e por todo o mundo”.