Actualmente, em cada canto da cidade de Lisboa encontra-se uma trotinete. Esta é uma iniciativa tem gerado grande adesão por parte dos habitantes e dos turistas. Mas o que acontece quando as trotinetes chegam ao fim da sua vida útil?

A expectativa de vida útil dos modelos mais recentes (geração 3) é de mais de um ano de uso intensivo, segundo Nuno Inácio, Director de Expansão da Lime em Portugal.

O programa de reparação e reutilização que a empresa desenvolve a nível global concentra-se em “colocar as trotinetes em funcionamento sempre que possível. Quando isto não é possível e (…) não pode ser reparada, é desmontada para que as suas peças sejam reutilizadas para futuras reparações”, afirma Nuno Inácio ao Watts On.

Desta forma, quando o período de vida da trotinete termina, 97% dos seus constituintes são recicláveis, bem como 70% dos elementos das baterias. O director explica ainda que o que não é reciclável, acaba por ser transformado em componentes biodegradáveis que servem como fonte de energia. As matérias-primas da trotinete, como o aço e o plástico, são transformadas em líquido ou pó e são reutilizados para outros produtos.

Existe ainda um mito associado, que passa pelo carregamento das baterias, pois muitas pessoas pensam que anula os benefícios ambientais deste transporte de micro-mobilidade. “Considerando que a expectativa de vida útil das trotinetes supera um ano de uso intensivo, o impacto positivo da frota é superior ao impacto que o processo logístico ainda apresenta para o ambiente. Além disto, em Lisboa, dispomos de duas bicicletas de carga que apoiam o processo de recolha e distribuição das trotinetes pela cidade”, esclarece Nuno Inácio.

Segundo a Lime, no primeiro ano de operação na cidade de Lisboa registaram-se 1,8 milhões de viagens. No total evitou-se o lançamento de mais de 120 toneladas de CO2 para a atmosfera.