Conhece a Smart City Loop? Trata-se de uma start-up de origem alemã que está a inovar o método do transporte de mercadorias com um projecto a ser criado para a empresa Four Parx.

A start-up está a desenvolver um estudo que visa o transporte de mercadorias através de tubos subterrâneos, colocados a cerca de dez metros abaixo do solo, desde a periferia até ao interior das cidades.

O projecto consiste na criação de tubos com um diâmetro de 2,80 metros no subsolo que possam ser utilizados para transportar as entregas de paletes, nomeadamente cerca de 5000 que podem ser transportadas em dois turnos diariamente, desde centros de fornecimento de bens localizados nas periferias, até micro-centros de distribuição no centro das cidades. Após este trajecto, os bens são encaminhados até ao destino final através de bicicletas eléctricas, quando possível, ou camiões a hidrogénio.

O transporte é realizado de forma autónoma, eléctrica e completamente automática, independentemente do congestionamento urbano e das condições climáticas.

Do ponto de vista ambiental é uma mais-valia, uma vez que reduz as viagens realizadas por camiões, resultando numa redução significativa de CO2. A partir de uma perspectiva logística, este projecto apresenta-se como uma solução viável e mais benéfica para resolver problemas de ‘penúltima milha’, em complemento com a ‘última milha’, tendo em conta que contribui para a diminuição do tráfego.

Este conceito inovador pode tanto servir para entregas via comércio electrónico, como para as entregas no comércio tradicional.

Sabemos o que está a pensar. Se o produto transportado for comida ou bebida, chega ao destino em perfeitas condições para ser consumido? A resposta é sim. De forma a garantir que bens mais sensíveis como estes mantenham a sua total integridade, os tubos terão temperatura regulada, entre 14 e 18 graus.

Está a ser realizado um estudo de viabilidade na cidade de Hamburgo, Alemanha. Assim, deverá ser colocado um tubo no distrito de Wilhelmsburg para Altona, implicando a travessia do rio Elba, o que significa que os tubos sejam enterrados a uma profundidade de 25 a 30 metros.

Projectos como este provam que é possível juntar conceitos como ‘sustentabilidade”, ‘eficiência’ e ‘inovação’, acrescentando valor à distribuição que, aparentemente, pode ser repensada para alcançar melhores resultados. No entanto, esta é apenas uma hipótese em estudo.