A Meireles, fabricante de fogões, vai apostar na climatização para alargar o seu campo de actuação e está também a construir em Paredes uma nave para armazenar os seus electrodomésticos, avançou ao Negócios o presidente da empresa, Bernardino Meireles.
Conhecida pelo fabrico de fogões, a Meireles decidiu este ano investir na área da climatização para aproveitar a notoriedade da marca e o canal de vendas do sector da construção. Ao acrescentar produtos para a casa, a empresa conta que esta nova unidade de negócio – assente sobretudo nos equipamentos de ar condicionado subcontratados na Turquia e na China – renda cerca de meio milhão de euros em 2020.
“Fizemos estudos de notoriedade, percebemos que podíamos aproveitar a marca para diferentes produtos e que na climatização tínhamos potencialidade porque o mercado ainda é pequeno e está em crescimento – poucas casas têm ainda instalado ar condicionado. Assim, temos a solução completa na cozinha e no resto [necessário] para quem está a construir uma casa”, justificou o empresário.
A carteira de clientes da Meireles vai desde fabricantes de móveis e retalho tradicional até às grandes cadeias de distribuição especializada, como Worten, Media Markt ou Rádio Popular e a gama de produtos é dominada pelos fogões, placas e fornos de encastrar fabricados em Gandra, no concelho de Paredes, que representaram 80% das receitas. O restante é proveniente de electrodomésticos subcontratados e vendidos com a marca, como frigoríficos, arcas de congelação ou máquinas de lavar loiça.
Na fábrica de dez mil metros quadrados foram produzidas 93.400 unidades no ano passado e esta área de produção é “suficiente”. Para o segmento da comercialização, porém, está a construir uma nave com 1.600 m2, ao lado das instalações industriais, que estará pronta no final do mês, um investimento a rondar os 600 mil euros.
A exportação para mais de 25 países vale 38% do negócio, com destaque para Espanha, onde tem uma filial, com armazém, equipa de vendas e distribuição própria. Seguem-se como mercados de destino principais da exportação África do Sul e Inglaterra.
