A GS1 Portugal divulgou as conclusões da 7.ª edição do seu estudo “Níveis de Serviço Supply Chain (Logístico)”. Entre as prioridades dos retalhistas está o “Nível de serviço em promoções”.

À semelhança das edições anteriores, e pelo segundo ano consecutivo através de questionário online, fornecedores e retalhistas avaliam-se, mutuamente, em 45 questões estruturadas em oito grupos de análise com o objetivo de avaliar os níveis de serviço logístico, assim como identificar as oportunidades de melhoria.

A novidade deste ano surge com a integração de duas novas perguntas. O Nível de serviço em promoções, incluída no grupo Pedido, que entrou directamente para o primeiro lugar das prioridades dos retalhistas. A questão Colaboração na execução promocional foi a outra pergunta-novidade que alcançou igualmente um lugar de destaque dentro do grupo de análise Colaboração.

Este resultado reflecte o peso que as promoções têm vindo a ganhar em todas as áreas de grande consumo, não sendo a logística excepção.

Apesar de ser um tema mais comercial é dos aspectos que impacta mais ao nível logístico e do aprovisionamento. Optimizar os níveis de serviço para garantir o nível de stock é uma realidade e um desafio para as empresas e, neste cenário, torna-se preponderante a comunicação interna, frequente e eficiente, entre as áreas comerciais e de supply chain.

Mas outras questões estão entre as prioridades. “Se olharmos o top 10 das perguntas que correspondem às prioridades dos retalhistas participantes verificamos que, a par das promoções, se encontram os Standards, a conformidade das entregas, o estado dos produtos, o cumprimento de prazos e os erros de facturação como temáticas importantes”, salienta a GS1 Portugal.

Principais conclusões

Em suma, e no que respeita às prioridades dos Retalhistas identificadas no 7.º Estudo de Níveis de Serviço da GS1 Portugal, foram definidas cinco grandes áreas atuação, a saber:

Nível de serviço em promoções: numa era em que metade dos consumidores afirma que esta variável influencia sempre a sua decisão por uma nova marca, é necessário operacionalizar a visão 360º do negócio, incluindo um fluxo de informação frequente e eficaz entre as áreas comercial e de supply chain;

Acondicionamento e estado da mercadoria: o correcto acondicionamento da mercadoria e o estado em que esta chega à recepção foram áreas identificadas pelos retalhistas como tendo mais oportunidades de melhoria, ainda que com um nível de importância menos relevante. Os retalhistas estão a ter mais dificuldades em receber a mercadoria bem-acondicionada, trazendo níveis de ineficiência nas plataformas. A configuração das paletes é uma das respostas a este desafio.

Erros de facturação: a facturação surge na terceira posição do pódio de grupos de importância neste estudo e continua a trazer diversos constrangimentos. Seja por erros de referências, quantidades e/ou preços, os erros continuam a ser relevantes para os retalhistas que procuram fomentar a utilização das mensagens eletrónicas no fluxo order-to-cash, ainda sem sucesso, exigindo desenvolvimentos tecnológicos dos dois lados da cadeia de abastecimento.

Etiqueta GS1-128: a utilização correcta da etiqueta GS1-128 por parte de todos os fornecedores tem sido difícil, precisando ainda de ser consolidada. Este Standard GS1 logístico é, actualmente, um requisito fundamental para os retalhistas, proporcionando ganhos significativos, não só na redução dos tempos de descarga como em processos de armazenamento e expedição. Como principais desafios para os próximos anos surgem os novos e diferenciados requisitos na configuração da mercadoria sobre a palete.

. Projectos colaborativos: é já um facto que a colaboração proporciona mais-valias para todos os agentes da cadeia de abastecimento. Algumas oportunidades de melhoria na relação fornecedores-retalhistas apontadas passam por calendarização das entregas; rastreabilidade; disponibilidade do produto, com os fornecedores a procurarem ter acesso à informação de vendas para conseguirem prever a procura de forma mais assertiva; mensagens Electrónicas (EDI), como forma de eliminar o elevado número de erros nas facturas e um grande impulsionador da facturação limpa, após a confirmação da entrega e, por fim, a sustentabilidade, na ordem do dia mas ainda pouco real na logística de muitas empresas.

Este estudo, que avalia a relação entre fornecedores e retalhistas na área logística de grande consumo, reuniu nesta edição 30 fornecedores e sete retalhistas de todo o território nacional.