Falar de “big data” é falar de um avassalador volume de dados — estruturados e não-estruturados — que sobrecarrega actualmente muitas empresas. Hoje, mais do que a quantidade de dados disponíveis, o que importa é o que se faz com eles. O big data pode ser analisado para obter insights que levam a decisões fundamentadas e a acções estratégicas para o negócio. Veja-se o caso da DHL.

Os dados têm-se mostrado muito úteis para a DHL que está, actualmente, a usar as informações que obtêm dos dados dos seus próprios envios e do mercado, para optimizar a sua actividade, nomeadamente prever o quê, quando e onde terão de fazer as próximas entregas.

O Director de B2C da DHL Iberia, Daniel Pastrana, explicou que a multinacional detém ferramentas que permitem ver se foi lançado um novo produto e as tendências que pairam nas redes sociais, bem como perceber se um determinado assunto que está a ter mais adesão, influenciará o aumento das vendas.

Estas previsões podem antecipar e ajudar a perceber quantos envios terão de ser realizados.

No que diz respeito aos dados, o impacto é significativo. Dados de origem de uma encomenda, de destino, de peso de mercadorias, de medidas ou sobre o conteúdo, são fontes que influenciam a realização de uma entrega.

Além disso, a DHL procura estabelecer uma boa relação com o cliente, tentando sempre melhorar a sua experiência. Para isso, fornecem na plataforma de serviços e gestão de entrega, três opções que permitem ao destinatário escolher o local onde será depositada a encomenda que lhes diz respeito. Acedendo à plataforma através de uma mensagem ou URL, o cliente pode alterar a data da entrega até sete dias úteis, escolher um ponto de recolha perto da sua morada ou pedir, por exemplo, que seja entregue a um vizinho ou porteiro.

Existe ainda uma ferramenta de criação de envio, disponibilizada pela multinacional, que é apresentada às pequenas e médias empresas, consistindo no registo das moradas de envio mais frequentes, na importação de ficheiros com os dados dos destinatários e, com isso, criar etiquetas de envio, ter informações sobre a qualidade do serviço ou o estado dos envios efectuados nos dias anteriores.

Daniel Pastrana aponta que uma das grandes vantagens que advém da tecnologia é a capacidade de democratizar estas informações, assegurando que qualquer cliente que faça uma venda online, consegue com que todos os destinatários tenham a mesma experiência de entrega ou a mesma qualidade no serviço.