Os Estados Unidos da América detêm uma das economias de consumo mais fortes do mundo. Fabricantes e produtores ao longo do globo, encaram os EUA como uma boa fonte de distribuição para os seus produtos. Contudo, apesar de esta lógica se mostrar atractiva do ponto de vista das vendas, requer um profundo conhecimento sobre logística e a respectiva cadeia de abastecimento, bem como dos custos associados ao fabrico dos produtos num país, e a importação e venda noutro.

De forma a entender melhor o que aqui será explicado, suponha que tem um produto de sucesso, uma marca bem desenvolvida e que se encontra preparado para elevar o seu produto a nível internacional. Para isso, teve de avaliar estrategicamente o mercado norte-americano, completar as diligências e deter o capital para apoiar a sua expansão. Por fim, suponhamos que contratou uma equipa para comercializar e vender o produto, que adoptou uma estratégia de vendas abrangente para identificar as principais metas geográficas.

Nesta fase do processo já existem encomendas a serem submetidas e o produto está a ser fabricado para ser vendido em todo o mundo. Já idealizou? Muito bem, agora é altura de a cadeia de abastecimento fazer o seu trabalho, que é converter os pedidos em receita, a receita em lucro e o lucro em retorno do capital investido.

É neste processo que estão implicados os custos. O envio do produto desde o porto de partida até aos cais de escala referenciados, implica sempre alguma despesa, que é impulsionada pela concentração geográfica dos consumidores e pela escolha de um determinado porto e a respectiva velocidade até ao mercado.

Normalmente, o desembarque do produto num porto de escala mais próximo do mercado consumidor final, irá optimizar o retorno financeiro. No entanto, os custos são determinados com base em vários factores, sendo eles: a competitividade e equilíbrio da rota comercial, que procura perceber como funciona a competição, frequência, estabilidade e oferta de capacidade naquela comercial; factores macro-económicos, que visa perceber o potencial do crescimento económico global; factores em torno do produto, ou seja, se necessita de serviços especiais como temperatura controlada ou outras características específicas; ofertas de serviços agrupadas versus ofertas de pacotes desagregados, pois além do serviço directo marítimo, os prestadores de serviços logísticos providenciam serviços agregados além do porto de escala, como o transporte, armazenamento, cross-docking…

Para além destes factores, existem outros que também podem afectar os custos que, consequentemente, terão implicações na velocidade de comercialização, como o tempo de trânsito, o desempenho do transporte, eficiência e capacidade do cais, tecnologia e sistemas para processar os descarregamentos ou carregamentos, logística terrestre em relação à facilidade de acesso aos produtos, clima, entre outros.

Todos estes motivos devem ser tidos em consideração não apenas como custos reais, mas também em termos de custos relacionados com o tempo. Os atrasos podem comprometer o processo, originando problemas na venda do produto.

Se diferentes mercados, localizados em diferentes partes do globo, forem cenário para a comercialização do seu produto, deverá optimizar ainda mais o custo, comparando a despesa de envio para diferentes escalas de destino, com custos de distribuição desses locais.

Como é que o negócio pode correr da melhor maneira? Deve entender os pontos onde se consome mais o seu produto, negociar os custos de forma a incluir uma avaliação do desempenho da transportadora, e maximizar as eficiências do port-of-call. Assim, irá optimizar a velocidade para o mercado e, posteriormente, para o consumidor.