A Correos, empresa de correios detida a 100% pelo Estado espanhol, anunciou que vai iniciar um processo de internacionalização e entrar no mercado de serviços financeiros. A internacionalização vai começar por Portugal mas tem também o sudeste asiático na mira.

A entrada no mercado português será no segmento da entrega de encomendas, com um prazo máximo de 24 horas em Portugal e Espanha. A Correos será assim mais uma concorrente dos CTT no mercado nacional, num segmento que conta já com múltiplos “players”. Na Ásia a companhia pretende construir um centro logístico.

“Temos o objectivo de constituir a rede de distribuição [de entrega de encomendas] em 24 horas mais eficiente da Península Ibérica. O que também nos abre a porta aos países de língua portuguesa”, disse o presidente da Correos, Juan Manuel Serrano, num encontro com a imprensa em Madrid. Para uma fase posterior fica a entrada na América Latina.

“Agora só operamos em território nacional e para construir a nossa posição é necessário ir além fronteiras. Precisamos de crescer internacionalmente e o Sudeste asiático é o principal ponto de origem de encomendas a nível mundial, com um volume cada vez maior”, acrescentou, citado pelos jornais espanhóis “CincoDias” e pelo “Expansión”.

Ao contrário dos CTT, a Correos é uma empresa estatal e não está presente no sector financeiro. Algo que a empresa espanhola quer mudar, apontando a oferta de serviços financeiros nos seus perto de 2.400 pontos de venda como uma das formas de melhorar o seu desempenho.

O operador postal espanhol estima ter fechado o exercício de 2018 com prejuízos de 150 milhões de euros, prevendo reduzir este valor para 7,4 milhões de euros no final deste ano.