O novo estudo da consultora francesa Capgemini indica que as empresas distribuidoras devem apostar no “last mile” enquanto fontes de receita. Para tal, foram inquiridos 2870 consumidores, 500 gestores das principais cadeias de distribuição e empresários do sector, revelando que cerca de 75% dos consumidores online está disposto a aumentar o volume das suas compras e experimentar novas ofertas, com uma entrega “que corresponda às expectativas”, mas que apenas 1% se encontra disponível para assumir os custos a ela associados.

A esmagadora maioria, 97% das empresas inquiridas, considera que existe uma diferença entre os modelos de entrega de “last mile”, e que a resposta para a diminuição de custos para se manter um envio com portes grátis estará apenas na automação.

O estudo também revela que as empresas já se encontram a apostar neste modelo, e que das inquiridas, 89% já se encontra a investir na mecanização e automação do processo em armazém, acelerando assim a gestão e a entrega das encomendas.

Por parte dos consumidores, é visível um aumento na aposta online, sendo que 40% já recorre a plataformas digitais pelo menos uma vez por semana, e que este número tende a aumentar para 55% até 2021. Dos consumidores, 40% considera o serviço de portes incluídos indispensável para os produtos alimentares e mercearia, e 20% afirma mesmo que estaria disposto a mudar de fornecedor caso este serviço não estivesse incluído.

O estudo considera ainda que a aposta no “last mile” fideliza os consumidores e os torna mais fiéis ao consumo, e recomenda que para melhorar o serviço de entregas as empresas devem apostar na optimização dos locais de gestão das encomendas e automatizar as opções de entrega.

“Actualmente, os consumidores não estão satisfeitos com a qualidade dos serviços de entrega que são oferecidos pelos lojistas e não estão também disponíveis para assumirem a totalidade dos custos do “last mile” das encomendas. Os distribuidores estão assim perante um desafio: oferecerem serviços de entregas no “last mile” que vão ao encontro das expectativas dos seus clientes sem colocarem em risco a sua rentabilidade. Uma boa experiência no “last mile” pode ser um impacto positivo nos clientes, no seu nível de fidelização e contribuir para aumentar o valor e a frequência das compras. É possível alcançar este objectivo com um impacto mínimo nos níveis de rentabilidade das empresas, recorrendo à automatização e à optimização dos locais de gestão das encomendas”, refere Tim Bridges, Global Sector Leader, Consumer Products Retail and Distribution da Capgemini.