Encerrámos o primeiro ciclo das SCM Talks com o tema “Na prática, a teoria é outra” e, verdade seja dita, fechámos com chave de ouro. Com a organização de sessões que assentavam em histórias pessoais e transmissíveis, a Supply Chain Magazine tinha o objectivo, na teoria, de criar um evento que fosse contra as leis do tradicional e já instituído. Na prática, acabámos por nos superar.

Para fechar a última sessão contámos com as talks de Virgílio Vaz e Miguel Oliveira, que nos mostraram que, muitas vezes, aquilo que idealizamos nem sempre se concretiza da forma como pretendemos, ou de todo. No âmbito profissional existem muitos casos em que a teoria nos leva por um caminho e a prática conduz-nos em sentido contrário.

Virgílio Vaz, diretor de distribuição do grupo SONAE, iniciou aquela que foi a última sessão das SCM talks no Porto. Foi, exactamente, ao encontro do propósito do evento, contando duas estórias da sua vida profissional em que a teoria funcionou muito melhor do que a prática. “Montámos, teoricamente, a operação ideal, mas na prática a teoria não funcionava”.

Ressaltou, em ambas as experiências, que uma das partes fundamentais de cada empresa são as equipas. São o motor fundamental para colocar a teoria em prática e fazê-la funcionar “o engagement das equipas faz toda a diferença nas organizações”.

Miguel Oliveira, com um vasto currículo na área da gestão, seguiu-se a Virgílio Vaz e ao mesmo tempo que iniciava a sua talk, terminava a primeira edição das SCM Talks.

Começou por referir que, por ser da área da gestão, se sentia um “outsider”, uma vez que o evento pretende partilhar estórias à volta da logística. De seguida iniciou o seu discurso contando as suas experiências na Artevasi, onde acompanhou a implementação de um WMS, fazendo com essa história e as diferentes fases dos processos que acompanhou a ligação para o tema da sessão.

“Não há empresas excelentes sem trabalhadores excelentes”, referiu Miguel Oliveira seguindo a linha de pensamento de Virgílio Vaz. Para traçar um projecto e fazê-lo crescer é preciso contar com os colaboradores e, por isso, explicou as medidas que tomou para elevar o desempenho de cada um. De maneira a que a prática funcione, a teoria deve ser um processo reflectido, envolvendo todas as partes de uma organização. Para isto é necessário existir uma reinvenção de parte a parte “se não nos reinventarmos, não temos a capacidade para fazer crescer as empresas”.

De uma forma geral, a equipa da Supply Chain Magazine delineou um evento diferente e com grandes hipóteses de sucesso e, no final, todas as expectativas foram superadas. Terminamos com uma frase de Vasco Amoroso que reflecte a génese da criação das SCM Talks: “espero que a Supply Chain Magazine continue a realizar estas talks disruptivas para partilhar experiências, porque é com elas que todos aprendemos e crescemos”.