Após a paralisação do Porto de Setúbal devido à greve dos estivadores, há agora uma necessidade crescente de expedir o maior número de automóveis possível, de todas as 23 mil viaturas parqueadas que não chegaram a sair do porto sadino e que agora precisam de ser expedidas até ao final do ano. Os automóveis, num valor que ronda os 300 milhões de euros, são agora uma prioridade para as próximas semanas, e já há garantia de que a mão-de-obra portuária irá colaborar com a multinacional.

Habitualmente os navios utilizados pela fábrica são capazes de transportar uma média de 2 mil veículos, ou seja, serão necessárias cerca de 12 movimentações para expedir toda a carga, pelo que irá haver uma movimentação ainda maior do número de navios a operar no porto setubalense nos próximos dias. Acrescendo a estes números estarão mais cinco mil veículos que irão ser produzidos até dia 22 de Dezembro, quando a fábrica irá parar a produção temporariamente.

“Do ponto de vista da mão-de-obra, a Operestiva assegura que haverá capacidade para que sejam embarcados todos os veículos que a empresa tem actualmente parqueados”, conta Diogo Vaz, gerente da Operestiva, empresa de trabalho portuário de Setúbal, ao Negócios.

Devido à paralisação do Porto de Setúbal houve uma necessidade de aumentar os custos, pois a Autoeuropa teve de procurar um novo local para estacionar o excesso de veículos, tendo conseguido um acordo com a Base Aérea nº6, no Montijo.