A Cushman & Wakefield realizou um estudo sobre os veículos autónomos, onde fala do uso dos veículos conectados e autónomos e dos drones como meio para entrega de encomendas. Segundo o estudo, a ascensão destes veículos, embora traga muitas vantagens, ainda têm grandes défices e questões à sua volta.

Segundo o estudo, e embora isto não seja algo novo, entre 5 e 10 anos os autónomos serão muito importantes para a logística, pelo que será necessário que as empresas se adaptem, porém, isto acarta grandes custos logísticos, especialmente em locais urbanos, que atingem valores de cerca de mais de metade dos custos da cadeia de abastecimentos na Europa, e as empresas procuram tecnologias para aumentar a eficiência e reduzir os custos dos seus serviços.

O investimento nos veículos autónomos começa-se a ver através das companhias logísticas, mas poderá ser alterado, devido a mudanças na legislação do emprego, que poderá tornar o sistema de entregas menos flexível e mais caro. Grande parte dos veículos gastam muito do seu tempo em ambientes de previsão, pelo que o uso deste tipo de veículos para entregas a tempo parcial e condicional se torna o mais apetecível.

As empresas procuram as entregas online, e isso significa que procuram inovar de modo a atender às necessidades existentes, sendo que uma opção é investir numa frota de veículos conectados e autónomos, de modo a substituir as correntes frotas de carrinhas de entregas, com a vantagem de reduzir os custos de trabalho laboral e continuar a operar após o expediente dos empregados. Neste caso seria um carro autónomo que faria a entrega ao cliente, a quem seria dada uma senha para abrir um cadeado e ter acesso ao produto.

Embora esta ideia até pudesse ser aplicável nos próximos 5 anos, tal como o mesmo sistema de entregas, mas com um passageiro dentro, questões se levantam quanto à questão de ser autónomo, nomeadamente no que toca ao sistema de recolha por parte do cliente, e se seria realmente dispensável a mão-de-obra humana para completar o serviço e ajudar o cliente, caso necessário, mas seria algo a estudar tendo em conta os benefícios e poupanças que isso traria à empresa.

Outro sistema analisado pela Cushman & Wakefield é o uso dos drones para entregas de encomendas, visto serem bastante atraentes visualmente e trazerem imensas vantagens em termos de evitar o tráfego e conseguir entregar as encomendas numa determinada altura do dia em específico. No entanto, o seu futuro uso para entregas continua a ser questionado. O sistema de entregas através de um drone continua a ser restrito a determinadas áreas urbanas, e parece continuar assim, pelo que não causará um grande impacto ambiental, e segundo o estudo, o uso destes autónomos encontra-se em ascensão nas áreas da construção, marketing e gerência, e nos Estados Unidos sabe-se que 1 em cada 5 fora utilizado com fins imobiliários.

Uma forma de evitar os desafios da segurança é operar drones terrestres, dróides. Estes pequenos dispositivos carregam até 15kg. A Starship Technologies transportou, ao logo de cerca de 60 mil milhas em entregas, em cerca de 100 cidades em vários países, com parcerias com empresas, com foco nas reduções de custos e aumento da eficiência na entrega de última milha.

A utilização limitada destes veículos significa que a escalabilidade é um desafio, e a redução dos problemas relacionados com o congestionamento é improvável que aconteça, especialmente se a compararmos aos baixos custos e o ritmo veloz de uma bicicleta de entregas em pequenas deslocações. Recorde-se que no ano passado a UPS começou a testar uma bicicleta de entregas eléctrica em Londres, que permitia o transporte de encomendas até 200kg.