A HAVI Portugal tem um plano de investimento de 200 milhões de euros para Portugal, tendo como objetivo reforçar o país enquanto polo estratégico e tecnológico dentro do Grupo.
Em entrevista ao Jornal Económico, Luís Ferreira, managing director da HAVI Portugal, indica que está previsto, na região do Porto, um investimento de cerca de 18 milhões de euros durante os próximos anos, de forma a consolidar a presença da empresa na região Norte.
Em termos de investimentos este ano, destaca os 11 milhões de euros na expansão do Centro de Distribuição da Azambuja – cuja abertura está prevista para o início de 2026, a recente abertura do centro de inovação tecnológica TechHUB, e ainda outras localizações “estratégicas”, como Chicago (onde está localizada a sede global), e Kuala Lumpur, como próxima localização. “Com um plano de investimento de 200 milhões de euros, este projeto reforça o papel do país como um polo estratégico na área tecnológica dentro do Grupo HAVI”, refere o responsável.
Na entrevista, o managing director avança que estão previstas, para o início do próximo ano, 11 contratações, dois quais oito para áreas operacionais, e três para funções administrativas. “Este reforço inicial responde a necessidades imediatas, mas insere-se numa visão mais ampla de crescimento, cujos números ainda não podemos precisar – contudo, o foco está sempre em crescer em Portugal, coisa que temos conseguido fazer de ano para ano.”
Luís Ferreira confirma que um dos principais desafios do ano foi a escassez de recursos humanos. “A escassez de motoristas tem sido desafiante, em particular na área de transportes, mas noutras divisões do nosso negócio também existe alguma dificuldade em encontrar técnicos especializados em áreas específicas – um exemplo disso é na automação e robótica”, refere. Além deste, identifica outros desafios significativos como a inflação, o aumento do custo de matérias-primas e da energia, a volatilidade dos preços dos combustíveis ou exigências ambientais e regulamentares.
Recentemente, a HAVI integrou, em Portugal, os dois primeiros semirreboques elétricos. O managing director afirma que, neste sentido, a eletrificação continuará a ter um papel “muito relevante” para a empresa, alinhada com a estratégia de descarbonização do Grupo. A nível das infraestruturas, a aposta tem passado por energia solar, nomeadamente no Centro de Distribuição na Azambuja e, em paralelo, a empresa tem investido na adoção de sistemas mais eficientes no que diz respeito aos equipamentos da instalação de frio.



