A implementação do Sistema Integrado dos Meios de Transporte e das Mercadorias (SiMTeM) está a desacelerar significativamente a atividade no Porto de Leixões, tendo até levado à suspensão das exportações. As regiões autónomas da Madeira e dos Açores já estão a ser afetadas por esta medida.
São centenas de contentores que estão bloqueados no cais do porto de Leixões à espera de confirmação para serem despachados. Vários destes destinam-se às regiões da Madeira e dos Açores.
No seguimento deste constrangimento, Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, apela ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, numa nota enviada às redações, citada pela SIC Notícias, que seja encontrada uma solução urgente para desbloquear o despacho e a entrada de carga nos navios no porto de Leixões.
O executivo madeirense revela, que “pode estar em causa uma rutura na cadeia de abastecimento aos arquipélagos portugueses nesta altura crítica de fim de ano”, e caracteriza a situação como “gravíssima e inaceitável nunca vivida na Madeira”.
Desta forma, diz ser “necessário o Governo nacional intervir sem demoras, pois esta situação está a gerar um problema gravíssimo para a população”. Os governantes madeirenses alertam para o impacto negativo da entrada em vigor do novo sistema informático, e sublinham que se a situação não ficar resolvida durante esta manhã de 26 de dezembro, “haverá problemas graves no transporte de mercadorias para a Madeira e para os Açores”.
José Manuel Rodrigues, secretário da Economia, solicita que seja dada prioridade aos navios que atracam em Leixões e Lisboa para carregar contentores para as regiões. “Caso contrário, o fim de ano na Madeira pode ser prejudicado pela ausência da mercadoria que estava prevista chegar na próxima semana.”
No passado dia 24 de dezembro, a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) pediu uma “intervenção urgente” do Governo Regional para alcançar uma “rápida normalização” do fluxo de mercadorias por via marítima com destino aos Açores.
Num comunicado enviado à agência Lusa pela associação empresarial das ilhas de São Miguel e Santa Maria, citado pelo Jornal de Negócios, é indicado que os constrangimentos registados no porto de Leixões estão a condicionar o envio de mercadorias para a Região Autónoma dos Açores.
De acordo com a CCIPD, “as disfunções no processo de desalfandegamento provocaram a acumulação de contentores de importação sem autorização de saída”. Assim, apela ao Governo Regional dos Açores “para uma intervenção urgente junto do Governo da República e das entidades competentes, de forma a garantir a rápida normalização do fluxo de mercadorias com destino à região”.



