A Schneider Electric forneceu a infraestrutura tecnológica que está por detrás da unidade Power-to-X da European Energy em Kassø (Dinamarca), a primeira fábrica do mundo de e-metanol comercialmente viável. Trata-se de um passo decisivo para acelerar a produção de energia verde, com vista à descarbonização industrial.

Esta unidade fabril, alimentada por eletricidade renovável proveniente do Parque Solar adjacente de Kassø, de 304 MW, capta CO2 biogénico de fontes próximas para produzir até 42.000 toneladas de e-metanol por ano. De acordo com a Schneider, isto é suficiente para manter um avião comercial moderno a voar sem parar durante mais de 4.200 horas, o equivalente a 175 dias no ar.

Atualmente, as alternativas de metanol de baixo carbono representam apenas uma fração do fornecimento global, mas, à medida que as indústrias se esforçam por cumprir as metas climáticas, estima-se que a procura possa aumentar para os 500 milhões de toneladas até 2050. Em consequência, escalar o e-metanol comercialmente viável é essencial, especialmente para setores de difícil eletrificação, como a indústria química, a aviação e o transporte marítimo.

Em comunicado, a Schneider Electric sustenta que a sua tecnologia fornece uma solução totalmente integrada de automação, gestão de energia e software que otimiza todas as fases da produção para aumentar o desempenho, a fiabilidade e a eficiência de custos. O que torna o e-metanol mais competitivo e comercialmente viável.

“Este projeto marca um momento crucial na jornada em direção à descarbonização industrial,” afirma Gwenaelle Avice Huet, Executive Vice President, Industrial Automation da Schneider Electric. “Ao integrar automação, gestão de energia e software numa solução unificada, estamos a ajudar a European Energy a reduzir tempos de inatividade, emissões e custos operacionais, ao mesmo tempo que melhoramos o desempenho, a fiabilidade e a segurança.”

Já há compradores para esta solução: entre eles estão empresas como a A.P. Moller – Maersk, a Novo Nordisk e o LEGO Group, que vão adotar as matérias-primas sustentáveis de Kassø como alternativa aos combustíveis fósseis.