Nem a chuva travou as 66 equipas vindas de todo o país para participar no Toyota Challenge 2025, o único torneio em Portugal dedicado a operadores de equipamentos de movimentação de cargas. Sob o mote “Zero Muda – Qualidade em tudo o que fazemos”, o evento organizado pela divisão de equipamento industrial da Toyota Caetano Portugal, transformou o armazém da Transwhite, em Albergaria-a-Velha, num laboratório vivo de segurança, eficiência e espírito de equipa.
Criado com o objetivo de valorizar os profissionais que todos os dias movem a logística, o Toyota Challenge distingue-se por unir competição e aprendizagem. As equipas, formadas por dois elementos, enfrentam provas teórico-práticas desenhadas para simular operações reais, exigindo precisão, atenção e domínio técnico, mas também cooperação, comunicação e respeito pelas boas práticas de segurança.
Mais do que um torneio, é uma experiência de partilha e formação, que promove a melhoria contínua e reforça a cultura de segurança e sustentabilidade nas operações.
“Desafiar equipas, promover o desenvolvimento técnico e humano dos operadores e fortalecer a cultura de segurança são objetivos centrais do Challenge”, sublinha a organização.
O mote “Zero Muda” remete para a filosofia japonesa lean, onde muda significa desperdício. A ideia é simples e poderosa: eliminar desperdícios e promover eficiência, qualidade e sustentabilidade, em tudo o que se faz. Na prática, significa trabalhar com zero desperdício. De tempo, de movimento e de energia, mas também com zero acidentes e máxima valorização das pessoas.
Este ano, a Toyota Caetano Portugal destacou também o empilhador elétrico Toyota Traigo 48 V, símbolo da evolução tecnológica ao serviço da ergonomia, eficiência energética e segurança.
Um dia intenso em Albergaria-a-Velha
O cenário escolhido para o Toyota Challenge 2025 foi o armazém da Transwhite, em Albergaria-a-Velha, uma localização simbólica pela sua ligação direta ao transporte e à logística nacional, bem como à importância que é dada pela administração da empresa aos colaboradores e à qualidade da criação das melhores condições de operação, tanto em termos de espaços como de equipamentos, veículos e soluções ao dispor das equipas no dia a dia da operação, estrada fora e dentro de portas, como sublinhou José Mota, o número um da empresa, no encerramento.
O sábado amanheceu com chuva, mas nem isso demoveu os participantes. Sessenta e seis equipas, vindas de todo o país, deram corpo a um dia de prova e partilha, muitas delas acompanhadas por diretores de logística, operações ou supply chain, que fizeram questão de estar no terreno a apoiar e motivar as suas equipas.
O resultado foi um ambiente de coopetição — competição e cooperação em partes iguais — onde a perícia se encontrou com o respeito mútuo, e onde a liderança se viu de botas calçadas e olhar atento, junto de quem diariamente executa. Os operacionais, os técnicos, os que carregam, conduzem, ajustam, observam e corrigem e que, na verdade, são a base silenciosa da visão ou estratégia de qualquer empresa que se posicione a montante ou a jusante da cadeia de abastecimento.
Sete provas, um mesmo espírito
O armazém da Transwhite parecia um grande campo de treino: fitas a delimitar percursos e zonas de jogo, pinos amarelos a desenhar curvas apertadas, o ruído das conversas cruzadas com o zumbido e apitos dos empilhadores de permeio… Entre o som das máquinas, o ruído das pessoas, os incentivos e aplausos das equipas, havia tensão e concentração, mas também boa disposição e cumplicidade.
A chuva caia no exterior mas, dentro da nave, o ambiente fervia em energia. O tipo de energia que só existe quando técnica e espírito de equipa se encontram.
Entre manobras milimétricas e olhos atentos, as equipas avançavam de prova em prova, enfrentando desafios que reproduziam com fidelidade o dia-a-dia de um armazém. Havia cargas instáveis que testavam o equilíbrio e a serenidade, obstáculos que exigiam destreza e coordenação e até uma partida de “bowling logístico”, onde uma bola de pilates empurrada com precisão valia tanto ou mais do que a velocidade.
Noutra zona, os palotes compunham puzzles que só a comunicação afinada entre operadores conseguia resolver. E, mais adiante, no cais, uma palete carregada de caixas posicionadas de forma instável que tinha que ser carregada na galera do camião e depois descarregada pelo segundo elemento da equipa testava o método, a paciência e sobretudo a perícia dos operadores. O culminar chegava com o circuito que compunha um labirinto de paletes pronto a testar a destreza, velocidade e concentração dos participantes.
Entre cada tarefa, ouvia-se o incentivo dos colegas, os aplausos do público e até o riso nervoso de quem sabia que um simples toque podia custar pontos, mas que o verdadeiro prémio estava noutro lugar. Porque ali não se tratava apenas de competir: tratava-se de provar que é possível mover com inteligência, precisão e calma no meio de toda aquela aceleração. Mais do que rapidez, o Toyota Challenge premeia a forma como se conduz: com respeito, com atenção, com segurança e com o sentido de missão que move as melhores equipas logísticas.
Formar, inspirar e reconhecer
Entre rondas de provas, houve também momentos de formação em sala, conduzidos pelos técnicos da Toyota, dedicados à segurança, ergonomia e boas práticas operacionais. Esta componente formativa distingue o Challenge e dá-lhe propósito: não se trata apenas de medir desempenho, mas de estimular aprendizagem, novos conhecimentos e cultura de segurança nas operações.
E, no final, do dia, mais do que certificados e subidas ao pódio ficam os momentos vividos, as histórias partilhadas e a certeza de que o talento humano continua a ser o motor invisível das cadeias logísticas. Dentro e fora do armazém.
🏆 Vencedores Toyota Challenge 2025
1.º Lugar – Transwhite Transportes (Equipa Transwhite Caldas da Rainha)
2.º Lugar – Sumol+Compal (Equipa Os Vitaminados)
3.º Lugar – Luís Simões Logística Integrada (Equipa LS2 Challenge)



