A Mistolin Company é uma empresa portuguesa, especializada na concepção e produção de soluções de higiene, limpeza e bem-estar. A presença no mercado é pautada pela inovação e desenvolvimento na produção de detergentes líquidos de utilização doméstica e profissional, valendo esta última já 40% do volume de negócios. Além de Vagos, hoje tem unidades de produção em mais três países e está presente em três continentes. Nos passos de internacionalização, a supply chain é uma peça fundamental.
“O tira-gorduras Mistolin é, de facto, um dos nossos produtos mais conhecidos”, começa por dizer Ricardo Santos, director-geral da Mistolin Company, “mas temos outras marcas, além de também fazermos produtos para terceiros, seja numa lógica de private labeling como de private branding. E, no fundo, diria que é isso que nos distingue de outros produtores, ou seja, esta oferta 360º”. É que a sua actividade já não se circunscreve ao contract manufacturing e apostam numa oferta completa. Agora, a empresa pretende colocar o saber acumulado ao serviço das empresas do sector de higiene e limpeza, tendo-se munido de recursos humanos, técnicos e laboratoriais, para oferecer um acompanhamento que vai desde estudos de mercado e definição de gamas de produto, passando pela criação de novos produtos, rótulos, embalamento e transporte.
Resultado da sua aposta numa política de internacionalização, a Mistolin está presente em três continentes e em mais de nove países. “Além deste pólo industrial onde estamos, temos mais três: Argélia, Angola e Moçambique”. O investimento que tem vindo a ser realizado dos últimos anos permitiu aumentar a capacidade de produção da Mistolin Company para perto de 5000 toneladas de produtos/mês entre as quatro fábricas.
A supply chain é determinante na actividade e posicionamento da companhia. “Na Mistolin estamos plenamente conscientes da importância de criar valor em todas as etapas da cadeia de fornecimento. E, no nosso caso, tudo começa no processo de I&D, mas logo a seguir temos os nossos fornecedores, os nossos armazéns internos de matérias-primas, o de semi-acabados e depois o de produto acabado. Trabalhamos e pensamos os produtos de forma a poder logisticamente tudo ser o mais optimizado possível, porque sabemos que não queremos transportar ar, queremos transportar detergentes. Nos mercado em que estamos presentes com fábrica este posicionamento é de grande importância e muitas vezes o que fazemos é fabricar em Portugal alguns produtos concentrados ou semi-acabados enviamo-los para essas unidades, tirando o máximo partido do transporte contentorizado, para depois localmente podermos fazer a diferenciação, produzindo os vários produtos com as múltiplas referências que existem para cada um dos mercados.”, explica Ricardo Santos. E tudo sem nunca perder de vista a optimização de cada uma das etapas para que no final se consiga criar ou até mesmo acrescentar valor.
Na aposta quer tem vindo a ser feita na optimização da cadeia de abastecimento, do ponto de vista interno e nas actividades da fábrica, muita coisa mudou. “Todos os fluxos foram revistos, reduzindo tempos nas movimentações, cruzamentos nas movimentações e optimizando o espaço que, também ele, nos custa muito dinheiro”.
Foi na senda desta busca pela melhoria contínua e pela optimização que surgiu a parceria entre a Mistolin Company e a Gesticer, com o fabricante a decidir investir para a sua unidade em Vagos num sistema automático de armazenagem vertical da Modula.
“Neste momento, no armazém automático, nós temos 3,5 milhões de rótulos, de 400 artigos diferentes, que estão armazenados numa área de cerca de 120 m2 de prateleira. Isto dá-nos uma capacidade de concentração e condensação muito grande.”, conta o director-geral da Mistolin. Como é que era anteriormente? Resposta pronta: “eram cerca de 600m2 onde simplesmente arrumávamos rótulos. Ou seja, foi uma optimização de espaço notável, que agora podemos usar para outras tarefas. Portanto, eu diria que o primeiro ganho que obtivemos foi a redução de espaço e a optimização da utilização do mesmo”.
Na Supply Chain Magazine N.º 1 pode ficar a conhecer com mais detalhe o impacto e mudanças que a adopção de um sistema vertical de armazenamento automático trouxe às operações da Mistolin na entrevista que realizámos com António Teixeira, administrador da Gesticer, e Ricardo Santos, director-geral da Mistolin Company. É que os ganhos para a supply chain não se ficaram pela melhor utilização do espaço.