A Associação Europeia de Fornecedores Automóveis (CLEPA) lançou um apelo à União Europeia e à China para chegarem a acordo quanto à exportação de elementos de terras raras, sob pena de se agravar a situação da indústria.
O apelo, apresentado com carácter de urgência, surge na sequência das restrições impostas pela China às exportações destes elementos, essenciais para o fabrico de motores a combustão e elétricos. Uma decisão que levou já ao encerramento de várias linhas de produção em toda a Europa, dado que o país asiático é responsável por cerca de 70% da produção mundial das terras raras e por 90% do processamento.
A CLEPA dá conta, em comunicado, de que, desde o início de abril, foram apresentadas centenas de pedidos de licenças de exportação, mas as autoridades chinesas terão aprovado apenas um quarto. Para a associação, estão em causa procedimentos “pouco transparentes e inconsistentes entre províncias”, com licenças a serem recusadas por motivos processuais e outras exigindo a partilha de informações sensíveis relacionadas com propriedade intelectual.
Em consequência, alerta que esta estratégia “cria riscos para o comércio internacional e afeta a confiança nas cadeias de abastecimento globais”. Daí o apelo para que União Europeia e China iniciem “um diálogo construtivo, garantindo que o processo de concessão de licenças seja transparente, proporcional e alinhado com as normas internacionais.”