A DHL eCommerce acaba de divulgar o seu mais recente E-Commerce Trends Report 2025, baseado nas respostas de 24.000 consumidores em 24 mercados globais. O estudo revela profundas transformações no comportamento de compra online, destacando quatro tendências principais que estão a redefinir o setor: a ascensão da inteligência artificial (IA), o crescimento explosivo do comércio social, a importância crítica da entrega e devoluções e a crescente exigência de sustentabilidade.

Apesar das inovações tecnológicas, a entrega continua a ser a principal causa de frustração para os consumidores. De acordo com o relatório, 81% dos compradores abandonam os seus carrinhos se não tiverem acesso a opções de entrega satisfatórias. O processo de devolução também é determinante: 79% não completam a compra se este não for transparente ou conveniente.

A sustentabilidade deixou de ser apenas uma tendência para se tornar um fator decisivo. Um em cada três consumidores afirma abandonar uma compra online devido a preocupações ambientais. Este valor sobe para quase 50% entre os compradores da Geração Z. Além disso, mais de metade dos inquiridos prefere produtos em segunda mão ou recondicionados, e 58% mostram-se abertos a participar em programas de reciclagem e recompra.

Sete em cada dez consumidores globais querem que os retalhistas integrem funcionalidades baseadas em IA nas suas lojas online, como provas virtuais, assistentes de compras e pesquisa por voz. A procura por experiências mais inteligentes e personalizadas está a acelerar, com 37% dos consumidores já a utilizar comandos de voz para comprar.

As redes sociais estão a tornar-se os novos centros comerciais digitais. Plataformas como TikTok, Instagram e Facebook são agora canais preferenciais para descoberta e compra de produtos. Segundo o relatório, 70% dos consumidores esperam fazer a maioria das suas compras diretamente nas redes sociais até 2030. O poder da influência digital também é forte: 82% dos compradores admitem ser influenciados por tendências virais.

O comércio nas redes sociais deverá gerar 8,5 biliões de euros até ao final da década, representando uma mudança histórica nos hábitos de consumo digital. Segundo Pablo Ciano, CEO da DHL eCommerce, “não existe um único tipo de comprador ou mercado. A logística, aliada à inovação, é fundamental para responder às expectativas crescentes dos consumidores e converter oportunidades em resultados”.