Decorreu este fim de semana, em mais de 2.000 mil superfícies comerciais, mais uma campanha nacional de recolha de alimentos do Banco Alimentar, com a colaboração de 40 mil voluntários. Logística de distribuição arranca esta semana.

O Banco Alimentar Contra a Fome concluiu este domingo (1 de junho) mais uma campanha nacional de recolha de alimentos, que se saldou por um total de 1.878 toneladas angariadas, distribuídas por mais de 2.000 superfícies comerciais em todo o país. A operação contou com o envolvimento direto de cerca de 40 mil voluntários, que garantiram a recolha, triagem inicial e encaminhamento dos produtos para os armazéns regionais do Banco Alimentar.

Sob o mote “A sua ajuda tem um nome: o nome de quem a vai receber”, a campanha apelou ao contributo da sociedade portuguesa numa altura em que as dificuldades económicas continuam a afetar centenas de milhares de famílias. Os resultados superam em 6,4% a edição homóloga de 2024, que tinha alcançado 1.755 toneladas.

“A adesão à campanha voltou a ser extraordinária. É gratificante ver tantas pessoas a colaborar, a dar parte do que compram, sabendo que esse gesto vai direto para quem realmente precisa”, afirmou Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

Logística de resposta rápida

Concluída a fase de recolha presencial nos supermercados, inicia-se esta semana a operação logística de distribuição por 2.300 instituições de solidariedade social, que farão chegar os produtos a cerca de 360 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou refeições confecionadas.

Os produtos doados, sobretudo alimentos não perecíveis como arroz, massa, leite, azeite ou conservas – foram transportados para os armazéns regionais do Banco Alimentar, onde estão a ser pesados, triados e acondicionados. A entrega às entidades beneficiárias começa de imediato, garantindo o rápido escoamento dos bens alimentares para centros de dia, lares, creches, apoio domiciliário, cantinas sociais e instituições de apoio a pessoas em situação de sem-abrigo.

Em 2024, os 21 Bancos Alimentares operacionais em Portugal distribuíram um total de 27,5 mil toneladas de alimentos, o equivalente a 109 toneladas por dia útil, com um valor estimado superior a 45 milhões de euros. Esta estrutura logística nacional, assente em armazéns regionais e transporte de curta distância, é crucial para garantir o ritmo de entrega às diferentes entidades a nível nacional.