Fortalecer a integração entre as diferentes funções da cadeia de valor: é com este propósito que César Albuquerque assume a gestão de supply chain da Saint-Gobain Portugal. Em declarações à SCM, adianta que visa promover maior eficiência, resiliência e capacidade de resposta ao cliente, alinhadas com os objetivos do grupo a nível global.
Começa por afirmar que as novas funções constituem um desafio e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional, num contexto exigente, mas muito estimulante, com uma forte componente estratégica e operacional.
Os primeiros passos – diz – foram bastante positivos: “Tem havido uma excelente colaboração entre equipas, o que tem permitido identificar rapidamente oportunidades de melhoria e implementar ações concretas. Naturalmente, trata-se de um processo contínuo, mas estamos bem posicionados para consolidar os progressos alcançados e avançar de forma sustentada rumo às metas definidas.”
Como supply chain manager, espera contribuir para o reforço da competitividade da Saint-Gobain Portugal através de uma cadeia de abastecimento mais ágil, integrada e sustentável. “Esta função permite-me integrar uma empresa com um grande foco na inovação e com uma preocupação genuína com a sustentabilidade, o que está totalmente alinhado com os meus valores”, nota.
Desenvolvendo, César Albuquerque manifesta a vontade de trabalhar no sentido de otimizar processos end-to-end, desde o planeamento da procura até à entrega ao cliente, assegurando simultaneamente elevados níveis de serviço, controlo de custos e redução do impacto ambiental. “Acredito que, ao alinhar a operação com a visão estratégica do grupo, podemos criar valor de forma consistente para os nossos clientes, parceiros e colaboradores”, sustenta.
Num olhar sobre um setor cada vez mais competitivo, entende que se exige uma gestão da cadeia de abastecimento mais ágil, tecnológica e sustentável. “Atualmente, encontra-se num momento de transformação profunda, impulsionado por diversos fatores como a digitalização, a necessidade de maior resiliência nas cadeias de abastecimento e a crescente pressão para reduzir o impacto ambiental das operações logísticas”, desenvolve.
Na sua opinião, embora em Portugal e na Europa se tenha assistido a uma recuperação progressiva após os desafios colocados pelas disrupções globais dos últimos anos, subsistem os contextos voláteis, com flutuações nos custos de transporte, escassez de matérias-primas e alterações na procura dos consumidores. “Este cenário exige uma abordagem mais flexível, com maior capacidade de antecipação e de adaptação por parte das organizações”, defende.
O que o motiva é marcar a diferença, trabalhando com uma equipa competente e num contexto que valoriza a inovação e a melhoria contínua. “Neste momento, a minha principal motivação é contribuir ativamente para a transformação e fortalecimento da cadeia de abastecimento da Saint-Gobain Portugal, alinhando os nossos processos com os desafios e oportunidades do setor, e com os compromissos estratégicos”, partilha, reforçando que, acima de tudo, se propõe criar valor sustentável, tanto para os clientes como para as equipas internas. “Acredito que estamos num ponto crucial para repensar a forma como gerimos a cadeia de valor, e é gratificante poder fazer parte ativa dessa evolução”, comenta.
É inspirado pela visão de Charles Darwin de que “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta à mudança” que prossegue a sua missão: afinal, esta frase reflete a forma como acredita que a capacidade de adaptação é essencial, tanto a nível pessoal como nas organizações, para gerar um impacto positivo real e duradouro.