A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) adjudicou à Edivalor a empreitada de construção do Porto Seco da Guarda, no Terminal Ferroviário de Mercadorias da Guarda (TFMG), num investimento superior a 3,7 milhões de euros e com um prazo de execução de nove meses.
O projeto prevê um conjunto de intervenções estruturais que visam modernizar e preparar o terminal para as exigências de uma logística mais integrada, eficiente e sustentável. Entre as ações principais destacam-se:
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Extensão das vias-férreas para permitir a receção de comboios de mercadorias com 750 metros de comprimento;
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Ampliação do terrapleno, com capacidade para movimentar mais de 45.000 TEU/ano;
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Vedação perimetral e controlo de acessos;
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Novo edifício administrativo;
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Instalação de infraestruturas alfandegárias e de inspeção física;
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Alimentação elétrica para contentores frigoríficos;
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Sistemas de telecomunicações e videovigilância;
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Báscula rodoviária para pesagem de cargas;
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Barreiras acústicas e soluções de integração paisagística.
A obra inclui também a requalificação da passagem de peões, assegurando a segregação entre a circulação pedonal e a atividade ferroviária e logística no terminal.
O Porto Seco da Guarda surge como uma infraestrutura-chave na estratégia de desenvolvimento da logística multimodal em Portugal, funcionando como interface entre os modos rodoviário e ferroviário, e potenciando a ligação eficiente ao hinterland da Península Ibérica.
Além de facilitar a concentração de mercadorias, o porto seco permitirá o armazenamento de contentores vazios e a prestação de serviços logísticos de valor acrescentado, reforçando o papel da Guarda como nó estratégico na rede logística nacional.
Em comunicado, a APDL sublinha que esta empreitada representa um passo decisivo na criação de um sistema de transportes mais integrado e sustentável, reforçando a coordenação entre portos marítimos, operadores ferroviários e rodoviários, e promovendo a competitividade das cadeias logísticas.
FOTO: Município da Guarda