A Starbucks está a ser processada devido a alegações de que um dos seus fornecedores de café no Brasil mantém os trabalhadores em condições de escravatura. A empresa refutou, entretanto, estas acusações.
O processo foi instaurado pelo grupo ativista International Rights Advocates, num tribunal de Washington, em nome de oito trabalhadores de plantações de café no Brasil. A Starbucks é acusada de violar as leis norte-americanas de tráfico de pessoas ao continuar a comprar café da Cooxupe, uma cooperativa já identificada pelas autoridades brasileira por más práticas relativas às condições de trabalho.
Os trabalhadores em nome dos quais foi intentada a ação judicial afirmam que foram atraídos para plantações com a promessa de bom salário e de boas condições, mas, em vez disso, foram colocados em instalações degradadas e o custo do transporte, da alimentação e do equipamento era deduzido do vencimento.
“Os consumidores pagam quantias obscenas por uma chávena de café da Starbucks que foi colhido por escravos. É tempo de ser responsabilizada por lucrar com o tráfico humano”, comentou o fundador do grupo ativista, Terry Collingsworth.
Em resposta, a companhia diz que compra café apenas a uma pequena fração dos 19.000 membros da Cooxupe e que todo o café é proveniente de plantações que correspondem aos padrões laborais e ambientais da empresa. Acrescenta que possui um programa de verificação desenvolvido por peritos externos e que inclui auditorias regulares.
“A Starbucks está comprometida com o fornecimento ético de café, incluindo ajudar a proteger os direitos das pessoas que trabalham nas plantações a que compramos café”, sustenta a empresa, em comunicado