A economia circular está na ordem do dia e, no centro desta, as cadeias de abastecimento. Um estudo feito pela Accenture Strategy revelou que muitas vezes as companhias se mantêm apenas à superfície do negócio, quando deveriam aproveitar todos os factores, especialmente no que toca à eliminação de desperdícios na sua supply chain, onde estas perdem uma grande oportunidade de aproveitar a economia circular na sua totalidade, e que embora estas dêem prioridade à reciclagem, poucas são as empresas que reaproveitam os materiais quando estes deixam de ter utilidade.
De acordo com o estudo feito, a grande maioria, 94% das companhias em análise, responderam que implementaram um dos elementos das redes de abastecimento circulares, e apenas cerca de metade considerou a reciclagem como sendo uma prioridade. No entanto, no que toca ao reaproveitamento de produtos e materiais recuperados, apenas 18% das companhias admitiram fazê-lo. E quando o fazem, é frequentemente devido a problemas com a garantia ou pressões da concorrência.
Embora 92% das companhias tenha respondido que se preparavam para fazer um prolongamento na vida dos produtos, apenas 30 a 40% o estão realmente a fazer. Quatro em cada 10 apenas reciclam matérias-primas, destruindo ou desfazendo-se de mais de 60% dos produtos recuperados, que perdem assim todo o seu valor.
Aqueles que vão para além da simples reciclagem e decidem ir mais fundo, de acordo com estratégias de recuperação, estão a conseguir grande sucesso. 90% das empresas acreditam que as capacidades de criarem mudanças nas cadeias de abastecimento circulares, de prolongarem a vida de um produto ou de transformarem os desperdícios em lucro se devem às tecnologias digitais.
Nas recomendações da consultora sobressai a ideia de que se as empresas querem tirar o maior partido possível da economia circular devem olhar para além da reciclagem, focando-se no reaproveitamento de produtos, com a ajuda das tecnologias digitais.



