Depois de terem provado nos últimos quatro anos ser vitais para a economia, as cadeias de abastecimento ganharam definitivamente um lugar na Casa Branca. O Presidente norte-americano, Joe Biden, criou oficialmente o Conselho da Cadeia de Abastecimento (Supply Chain Council).
“Cadeias de abastecimento robustas são fundamentais para uma economia forte. Quando as cadeias de abastecimento funcionam bem, os preços dos produtos, alimentos e equipamentos caem, colocando mais dinheiro nos bolsos das famílias, trabalhadores, agricultores e empresários americanos”, disse a Casa Branca num comunicado. “É por isso que o presidente Biden fez da resiliência da cadeia de abastecimento uma prioridade desde o primeiro dia da sua administração.”
Além da criação do novo conselho, a Casa Branca também desencadeou algumas outras medidas com repercussões nos fretes, no transporte rodoviário e na produção. A saber:
- O Departamento de Transportes criará um novo gabinete de política multimodal para coordenar a estratégia de transporte de mercadorias a nível nacional e estatal, tal como exigido pela Lei da Infraestrutura Bipartidária.
- O Presidente alargará a autoridade do Departamento de Saúde e Serviços Humanos ao abrigo da Lei de Produção de Defesa, para permitir o fabrico nacional de medicamentos essenciais.
- O Departamento de Energia consagrou 275 milhões de dólares a subsídios destinados a reforçar os sectores das energias limpas, incluindo a produção de minerais essenciais, baterias e veículos elétricos.
Desde que a pandemia causou disrupções e estragos no normal funcionamento das cadeias de abastecimento, a administração Biden adotou uma abordagem multifacetada para reforçar a resiliência industrial, envolvendo vários ramos do governo. O Congresso, por exemplo, aprovou diversas leis com disposições relativas à cadeia de abastecimento para reforçar as indústrias consideradas críticas para a segurança nacional, como a dos semicondutores. Entretanto, a nível executivo, a Casa Branca procurou criar ligações, reuniões e até gabinetes dedicados à coordenação da política da cadeia de abastecimento em várias agências.
“Estes esforços ajudaram a desbloquear as cadeias de abastecimento, a normalizar o fluxo de mercadorias e a baixar a inflação”, afirmou a Casa Branca no mesmo documento.
Uma dessas iniciativas foi a “Supply Chain Disruptions Task Force”, criada em 2021 para resolver incompatibilidades entre a oferta e a procura, liderada pelos Secretários de Comércio, Transporte e Agricultura. O novo conselho, agora anunciado, expande e alarga esses esforços para incluir também responsáveis de política industrial como os Secretários de Comércio, Energia, Defesa e outros, como o Representante de Comércio dos EUA.
“Estamos determinados a continuar a trabalhar para baixar os preços para os consumidores americanos e garantir a resiliência das nossas cadeias de abastecimento para o futuro”, afirmou Lael Brainard, diretora do Conselho Económico Nacional da Casa Branca e copresidente do novo conselho da cadeia de abastecimento.