A Schneider Electric, em colaboração com a Women Action Sustainability (WAS), publicou o relatório “Decarbonising the Supply Chain: Key to Net-Zero”, desenvolvido com o apoio da We Mean Business Coalition, que destaca a interligação das cadeias de abastecimento e o seu efeito dominó nas iniciativas de descarbonização, salientando a responsabilidade coletiva e o impacto dos parceiros na consecução da neutralidade carbónica.
Uma das conclusões do estudo refere que mais de 80% dos líderes inquiridos considera a digitalização como fundamental para descarbonizar a cadeia de abastecimento. Porém, apenas 33% tem um sistema implementado para medir a pegada de carbono dos seus fornecedores, e menos de 6% utiliza ferramentas digitais para medir o seu impacto e progresso.
“Este relatório sublinha a necessidade de uma colaboração mais estreita nas nossas cadeias de abastecimento para enfrentarmos coletivamente o desafio da descarbonização. As ações de um player afetam diretamente os outros, e é essencial adotar uma abordagem unificada para termos um impacto significativo. Na Schneider Electric reconhecemos a importância da descarbonização da cadeia de abastecimento e estamos empenhados em liderar esta transição energética para um futuro mais sustentável”, indica Raquel Espada, strategy VP EMEA Energy & sustainability da Schneider Electric e parceira da Women Action Sustainability.
O relatório revela ainda que embora o debate sobre a descarbonização esteja a progredir, o seu planeamento e implementação têm de ser acelerados. 43% dos entrevistados não divulgaram as suas emissões de Alcance 3, e os 57% que o fizeram demonstram práticas mais maduras do que a média global.
Ainda assim, as Pequenas e Médias Empresas (PME) continuam a enfrentar desafios no que diz respeito ao Alcance 3. Tendo em conta que, segundo a OCDE, estas representam 90% das empresas a nível global, é importante apoiar e aumentar o envolvimento com estes players na cadeia de abastecimento.
“A descarbonização da cadeia de abastecimento é essencial para a descarbonização real da economia. Apoiar as PME neste desafio é uma prioridade neste momento, fornecendo-lhes apoio em termos de conhecimentos, ferramentas e acesso a financiamento”, afirma Monica Chao, presidente da Women Action Sustainability.
Adicionalmente, o relatório apresenta diversas recomendações para as empresas que empreendem o caminho para a descarbonização, nomeadamente um roteiro específico para as PME transformarem os compromissos em ações através de financiamento verde, ferramentas digitais e parcerias estratégicas. Inclui ainda recomendações para que grandes empresas liderem a participação e a ação em iniciativas da cadeia de abastecimento.
Maria Mendiluce, CEO da We Mean Business, refere que “a transição para um estado de emissões líquidas zero é um grande desafio. Em vez de criticar as empresas por não terem planos de implementação perfeitos, temos de nos esforçar por eliminar os obstáculos que as impedem de atingir os seus objetivos de sustentabilidade. O número de empresas comprometidas com este propósito deve aumentar de milhares para milhões. Para além disso, é essencial disponibilizar às empresas um novo framework climático que ofereça flexibilidade e acelere o seu processo de descarbonização”.
