A escassez de medicamentos é um problema real que está a afetar a União Europeia (UE). Neste sentido, a Comissão Europeia pretende disponibilizar uma lista de medicamentos críticos na UE, analisar a cadeia de abastecimento e avançar com contratos públicos conjuntos para comprar antibióticos e antivirais para o inverno, avança o Expresso citando a Lusa.

Em conferência de imprensa, Stella Kyriakides, comissária europeia para a Saúde, afirmou que a UE aprendeu com as ruturas de stock que se fizeram sentir no inverno passado, salientando assim a necessidade de “se continuar a reforçar a resiliência das cadeias de abastecimento de medicamentos e reduzir as dependências”. 

A comissária anunciou a criação de um novo Mecanismo Voluntário de Solidariedade para ajudar os estados-membros que enfrentam uma escassez crítica de medicamentos. “É impensável que, em 2023, haja doentes sem acesso a medicamentos de que necessitam”, assume.

Uma das medidas divulgadas para evitar esta carência consiste na aplicação por parte dos estados-membros de “isenções regulamentares para permitir que os medicamentos cheguem aos doentes em tempo útil, incluindo o prolongamento do prazo de validade ou a autorização rápida de alternativas”. 

A Comissão Europeia tenciona ainda criar a Aliança de Medicamentos Críticos, cujo objetivo passa por permitir a autoridades nacionais, indústria, representantes da sociedade civil, a própria Comissão e a agências da UE, coordenar as ações a nível da UE contra a escassez de medicamentos e abordar as vulnerabilidade da cadeia de abastecimento. Espera-se que o projeto esteja operacional no início de 2024.