No segundo trimestre de 2023, o Grupo DHL apresentou uma receita de 20,1 mil milhões de euros, segundo anunciou em comunicado. Com um ligeiro decréscimo no seu lucro operacional, que totalizou 1,7 mil milhões de euros (margem EBIT de 8,4%), o grupo antecipa terminar o ano com um EBIT de 6,2 a 7 mil milhões.
Durante o mesmo período de 2022, o grupo teve uma receita de 24 mil milhões de euros, um lucro operacional de 2,3 mil milhões e uma margem EBIT de 9,7%. O grupo destaca que o segundo trimestre de 2023 ficou marcado por volumes mais baixos e taxas de frete em declínio, mas ainda assim, aumentou as expectativas para 2023, e confirmou as previsões de lucros para 2025. A médio prazo, o grupo espera obter um maior crescimento.
Apesar de tudo, foi um “bom desempenho num ambiente de mercado fraco”, caracteriza Melanie Kreis, CFO do Grupo DHL, durante uma entrevista interna. A responsável também acrescenta que “embora estejamos atentos aos nossos custos no atual ambiente desafiante, o nosso poder de lucros reforçado coloca-nos numa posição para continuar a investir significativamente no crescimento futuro. É precisamente porque as cadeias de abastecimento se estão a tornar cada vez mais complexas que os nossos clientes confiam em nós como especialistas em soluções sustentáveis de transporte e logística”.
Em março, durante a Conferência de Imprensa dos Resultados Anuais de 2022, o grupo apresentou três cenários, através dos quais ainda guia o seu planeamento:
– No caso favorável de uma recuperação da economia global no início do segundo semestre do ano (desenvolvimento em “forma de V”), o Grupo espera um EBIT de cerca de 7,0 mil milhões de euros (inalterado).
– Em caso de recuperação no final do ano (desenvolvimento em “forma de U”), o Grupo espera um EBIT de cerca de 6,6 mil milhões de euros (anteriormente 6,5 mil milhões de euros).
– No caso de não haver recuperação significativa da economia global no resto do ano (desenvolvimento em “forma de L”), o Grupo espera um EBIT de pelo menos 6,2 mil milhões de euros (anteriormente 6,0 mil milhões de euros).
Assim, para as divisões da DHL, o grupo antecipa um EBIT entre 5,7 e 6,5 mil milhões de euros, e para 2025 confirma a sua previsão de lucros a médio prazo de mais de 8 mil milhões de euros.
“Graças ao nosso portefólio equilibrado e à presença global, conseguimos, mais uma vez, demonstrar a nossa resiliência. Isto é particularmente evidente em tempos de fraca dinâmica económica global”, destaca Tobias Meyer, CEO do Grupo DHL. “Tomámos as medidas certas numa fase inicial para lidar com o macro ambiente atual. Isto, a par dos esforços dedicados dos nossos colaboradores, reflete-se no elevado nível de rendimentos, que está bem acima dos anos pré-pandemia”.
No caso da divisão Express, as receitas caíram 12,5% para os 6,1 mil milhões de euros no segundo trimestre de 2023. O grupo justifica esta queda pelos efeitos cambiais negativos de 298 milhões de euros e das sobretaxas de combustível mais baixas. Excluindo estes dois aspetos, as receitas no segundo trimestre diminuíram 6,9%. “Como resultado da fraca situação económica geral, os volumes diários de envios internacionais com prazo definido (TDI) diminuíram conforme esperado”, aponta ainda o Grupo DHL.
O foco da divisão, de modo a contornar as dificuldades, esteve na gestão eficaz de custos e na otimização da capacidade da rede. “A divisão contrabalançou os efeitos contínuos da inflação através de aumentos gerais de preços que são implementados sistematicamente. O EBIT da divisão diminuiu 18,2 por cento para 901 milhões de euros no segundo trimestre de 2023. A rentabilidade das vendas foi de 14,7 por cento”, conclui.