A falta de semicondutores é um problema que não deu tréguas em 2021 e as fabricantes automóveis estimam que o cenário não será diferente para este ano. Ainda assim, de acordo com o jornal Expresso, se por um lado algumas marcas preveem um ano difícil e já começaram a fazer cortes na produção, outras esperam que este seja um ano recorde, apesar desta escassez.
A Toyota anunciou, em janeiro, o prolongamento das pausas na produção que se iniciaram em dezembro de 2021, e que não conseguiram atingir a sua meta anual de produção devido à falta de semicondutores.
Por sua vez, a Ford, anunciou que irá suspender ou reduzir a produção em oito fábricas nos EUA, México e Canadá durante a próxima semana devido às restrições no fornecimento de chips, segundo a agência Reuters. Apesar de o ano não ter começado da melhor forma para a Ford, a marca americana encara o segundo semestre com esperança, altura em que prevê que haja um maior volume de veículos produzidos.
A Volkswagen é outra fabricante que está a sofrer com o impacto da escassez de chips. Murat Aksel, responsável pelo departamento de compras da empresa, salienta que a escassez deverá continuar até “pelo menos além do primeiro semestre do ano”. Em entrevista à revista Automobilwoche, o responsável considera que existem problemas estruturais que precisam de ser resolvidos, visto que a procura por automóveis continua a aumentar. Assim, Murat Aksel diz querer colaborar com os fornecedores em vez de reclamar com eles.
Por outro lado, quem enfrenta uma realidade completamente das restantes é a Porsche, marca que pertence ao grupo Volkswagen, que espera outro recorde de vendas em 2022. Detlev von Platen, responsável do departamento de vendas, refere também em entrevista à Automobilwoche que “quando olho para os pedidos atuais, estou confiante para 2022. O crescimento nas vendas pode atingir um nível tão alto este ano quanto em 2021”. Ainda assim, apesar do crescimento da Porsche, o responsável reconhece que a elevada procura numa altura marcada pela escassez de semicondutores, leva a prazos de entrega mais longos.
