A Izidoro, empresa 100% portuguesa do Grupo Montalva, está a terminar a construção de um novo armazém na sua unidade do Montijo, com o objectivo de melhorar a eficiência logística, diminuir o impacto ambiental e flexibilizar a operação para dar resposta ao canal de vendas online. Este investimento engloba ainda a área produtiva, no âmbito de uma melhor fluidez do processo, e a área da qualidade, ao nível do controlo e segurança alimentar.

Contactado pela Supply Chain Magazine, Mário Coelho, director de operações da Izidoro/Grupo Montalva, revela que através deste investimento num novo armazém “passamos de um espaço alugado que fica distante da unidade de produção para um espaço no mesmo perímetro da unidade fabril”. Deste modo, “tornamos a nossa operação mais económica, ecológica e menos poluente, uma vez que não carece de transporte”, explica o porta-voz.

Ao nível da movimentação dos perecíveis, ao contarem com a unidade de armazenagem junto ao espaço de produção também conseguem fazer um controlo mais eficiente ao nível da segurança alimentar, a todos os níveis. Apesar de o espaço ser “praticamente igual ao anterior”, este armazém está “melhorado e optimizado”, esclarece Mário Coelho.

“Dispomos de frio negativo e positivo nos espaços, e câmaras dedicadas ao processo produtivo. No novo armazém dispomos de temperatura ambiente”, revela ainda o responsável.

A conclusão do novo armazém está prevista para as próximas semanas, em meados deste mês.

A Izidoro gere internamente toda a cadeia de valor de produção de forma integrada em Portugal, desde a criação animal ao processamento dos seus produtos, o que foi uma vantagem para manterem a sua actividade durante a pandemia. “Tal permitiu-nos manter a actividade necessária para satisfazer as necessidades alimentares das famílias portuguesas, que puderam continuar a consumir os produtos das marcas Izidoro e Damatta”, comenta Mário Coelho.

Ao nível dos produtos, o responsável conta que “reforçámos ainda a nossa oferta de produto no que julgámos necessário, tendo em conta esta nova conjuntura – diminuição da frequência da visita às lojas e aumento do valor do cabaz de compra médio por acto de compra -, através do lançamento de um conjunto de produtos associados a uma maior poupança, como por exemplo os packs Económicos/Familiares”.

“Houve ainda um impacto relacionado com o aumento do peso do canal de livre serviço, que gerou um aumento do número de pontos de entrega, e o crescimento da penetração do online que nos levou a antecipar a aposta no e-commerce com o lançamento de duas lojas online B2C”, conclui o director de operações.