95% das empresas não estão a aproveitar ao máximo os possíveis benefícios de redução de custos que a digitalização das cadeias de abastecimento pode proporcionar-lhes, indica um estudo da DHL.
A robótica, a inteligência artificial, a realidade aumentada, Blockchain, Big Data ou os sensores são algumas das tecnologias que modificaram as cadeias de abastecimento tradicionais e que as empresas deveriam integrar nas suas operações e estratégias. Os inquiridos indicam que a análise Big Data é a solução mais importante e 73% assegura que a sua empresa está a investir nesta tecnologia, à frente das aplicações baseadas na Cloud (63%), da IoT (54%), dos modelos Blockchain (51%), do Machine Learning (46%) ou da Sharing Economny (34%).
A importância do hardware centrou-se na robótica, segundo 63% dos inquiridos, que superou a inteligência artificial (40%), a impressão 3D (33%) e a realidade aumentada e os drones (28%). “Não há dúvida que a digitalização está a ter um impacto incrível nas cadeias de abastecimento e nas operações em todo o mundo e veio para ficar. As empresas deparam-se com muitas opções, à medida que novos produtos e aplicações chegam ao mercado e ganham aceitação na indústria. Ter uma estratégia para a digitalização das cadeias de abastecimento é essencial para aproveitar os benefícios e manter-se à frente da concorrência”, indica Lisa Harrington, autora do estudo.
39% dos inquiridos asseguram que as suas empresas estão a desenvolver uma ou mais soluções de análise e 31% está a fazer o mesmo em aplicações físicas. Esta maior lentidão é sintomática dos cenários de mudança organizacional. 68% indica que a fiabilidade é a principal preocupação, 65% mostra resistência à mudança e 64% um insuficiente rendimento do investimento.
Parece contraditório que, ao mesmo tempo que novas tecnologias disruptivas surgem para ser aplicadas na Supply Chain, e por outro lado a cultura empresarial do setor tem dificuldades para alavancar-se com estas potencialidades.
Em certo modo o ritmo do crescimento tecnológico Inteligência Artificial (AI), Internet das Coisas (IoT), “Machine Learning” ou Blockchain, evoluem tecnicamente num crescimento exponencial, enquanto que, a cultura empresarial para aplicar com estas tecnológicas, evolui a ritmo tímido.
As vezes “etiquetamos” os conceitos em voga, mas que na prática sem um rigorosa aplicabilidade. Exemplo disso são algumas empresas autodenominadas “4PL”, quando que na prática, conseguiram evoluir dificilmente de um 2PL para um estágio 3PL.