O grupo Lusocargo, sediado na Maia, foi adquirido pelo grupo francês de logística e transporte BBL. Segundo comunicado desta empresa da Maia, a operação ficou concluída a 5 de Março e envolveu a compra da Lusocargo e da Portocargo, englobando também os seus 300 trabalhadores.
“A escolha do grupo BBL foi natural, uma vez que permite assegurar uma continuidade dos valores que sempre estiveram no espírito das organizações desde a sua fundação”, explicam os fundadores da Lusocargo e da Portocargo no comunicado enviado aos seus cerca de 300 trabalhadores. De acordo com o mesmo comunicado, as duas empresas portuguesas adquiridas fecharam 2020 com uma facturação agregada de “aproximadamente 100 milhões de euros”.
“Acreditamos muito no potencial que um país como Portugal tem para oferecer e, em conjunto com o conhecimento dos profissionais do grupo Lusocargo e da Portocargo, esperamos criar melhores soluções para os clientes e toda a cadeia logística”, afirmam o presidente e o director-geral do grupo BBL.
“2020 foi um ano difícil em todo o mundo, no entanto, com a resiliência que o grupo BBL demonstrou, conseguimos validar que o nosso modelo de negócios em desenvolvimento é eficaz, permitindo atingir um volume de negócios acima dos 205 milhões de euros”, sublinham os dois responsáveis do grupo francês.
Ao nível das equipas gestoras, “por parte do grupo Lusocargo e da Portocargo, dois dos seus fundadores optaram por se retirar por razões pessoais, tendo permanecido os restantes três ligados a cada uma das empresas – Mário de Sousa na Portocargo, Viriato Albuquerque na Lusocargo Sul e Fernando Viela e Pedro Santos (manager) na Lusocargo Porto”.
A Lusocargo, que iniciou a sua atividade em 1984, tornou-se “um dos líderes de mercado na organização do transporte internacional, logística e despachos aduaneiros”, enquanto a Portocargo, que nasceu em 1990, especializou-se no transporte marítimo e aéreo, operando actualmente com 108 países espalhados pelos cinco continentes.
Criado em 1997 por Kaci Kebaili, o grupo BBL tem vindo a construir “um modelo de federação de especialistas que agrega quinze PME ligadas ao transporte internacional e logística”, fechou 2019 com um volume de negócios de 194 milhões de euros, um total de 650 trabalhadores, sendo esta aquisição a primeira grande operação internacional do grupo francês.