Um “upgrade” é o que significa para a Autozitânia a adesão ao Grupo AD no que diz respeito a processos e reforço da oferta em termos de gamas e produtos, uma decisão positiva para a empresa que sofreu, como muitas outras, um grande impacto negativo causado pela COVID-19, segundo a Turbo.
O responsável pela empresa, Ricardo Venâncio, destaca até o reforço da oferta de marcas premium, fundamentais para a abordagem ao mercado nacional, “vamos reforçar o nosso portefólio com novas marcas, novas linhas e novos produtos! Vamos tornar a nossa oferta ainda mais completa e diversificada, com resposta às diferentes necessidades de diferentes clientes. O Grupo AD oferece-nos também, múltiplas possibilidades para explorar, em áreas e gamas onde poderemos reforçar a oferta aos nossos clientes”, refere.
A pandemia teve um grande impacto na Autozitânia, apesar de todos os serviços e sucursais terem mantido a actividade. Os objectivos tinham sido definidos no início de 2019, ambiciosos por sinal. Até ao final da primeira quinzena de Março os resultados estavam a gerar satisfação, uma vez que até superaram as metas propostas. Contudo, a semana de 22 de Março foi “a pior de sempre”.
Esta quebra obrigou a empresa a tomar algumas decisões, entre as quais a redução dos serviços e das rotas para metade, bem como a diminuição de quatro entregas diárias para duas.
Quanto ao mercado português, Ricardo Venâncio acredita que iremos assistir a uma maior concentração do mercado, com menos players, mas com empresas de maiores dimensões “e, sobretudo, as pequenas lojas, que são a grande fatia do mercado, não conseguirão sobreviver se não estiverem ligadas a uma grande plataforma ou a um projecto como o nosso”, refere.
Afirma ainda que há quem acredite que a pandemia é uma oportunidade para a distribuição pensar em formas de reduzir custos de serviço e organizar-se melhor. “No nosso mercado o custo de serviço é muito alto, e isto mesmo no nosso caso que temos quatro entregas diárias, a maior parte em lojas que não têm o mesmo grau de exigência que as entregas nas oficinas”, revela.
Apesar de concordar com a oportunidade de organizar os serviços com vista a uma redução de custos, alerta que é necessário ter em atenção que “basta que um operador não o faça para os outros, para que os restantes adoptem a mesma atitude”.
“A verdade é que é uma loucura. Prestamos um melhor serviço do que as farmácias. As lojas têm uma pressão forte de entrega às oficinas, mas acabam por transportar essa pressão para os grandes distribuidores. Esse ‘monstro’ foi criado e a oficina sabe que se a loja não lhes presta o serviço adequado alguém o fará”, explica o responsável.
Para o futuro, mais concretamente para 2021, a empresa revela que tenciona abrir um novo armazém na zona de Leiria, pois é uma zona onde têm uma cobertura “débil” e por isso querem crescer.