Após um ano atípico, a GSK reforçou a sua equipa ao nomear Diogo Domingues João como supply chain manager da empresa. Com licenciatura e mestrado em Gestão de Empresas pelo ISCTE, e com experiência na área farmacêutica desde 2016, ao entrar para o Merck Group, o responsável já passou também pela Procter & Gamble e pela JUUL Labs, chegando agora a um novo desafio em relação ao qual espera “retribuir toda a confiança que a Glaxo depositou em mim”.

Sobre as expectativas que tem, o responsável de supply chain da GSK conta com alguns desafios aliados à distribuição farmacêutica: “gerir uma operação que apresenta grandes desafios a nível de distribuição, dada a capilaridade das farmácias, bem como estar à altura dos elevados parâmetros exigidos pelas empresas de grande consumo será, sem dúvida, um trabalho que requer uma grande coordenação de todas as áreas envolvidas”, referindo-se não apenas ao nível da gestão da cadeia de abastecimento, mas também a um alinhamento muito preciso definido pelo negócio.

Diogo Domingues João sente-se motivado para trabalhar “tendo em mente a melhoria das condições de vida dos nossos consumidores/pacientes”, e por trabalhar no maior fabricante mundial de OTC. “É sempre interessante observar os movimentos de integração, neste caso do portefólio Pfizer OTC, numa companhia distinta (a GSK Consumer Healthcare). Os desafios que levantam, por forma a garantir a não disrupção do negócio, são bastantes e, mais uma vez, terão de estar sempre conectados com as obrigações do negócio – penso que este é um dos principais challenges que estamos a concluir”, comenta o responsável.

Tendo em conta o contexto de pandemia em que vivemos actualmente, Diogo Domingues João considera que a integração vai representar um esforço adicional para atingirem os seus objectivos, desde o conhecer as pessoas, os drivers de negócio e respectivos processos “que necessitam de um constante alimentar de energia e foco”.

Vê a sua passagem por várias áreas durante o seu percurso profissional como uma mais-valia que lhe trouxe algumas vantagens. “Grande parte do meu percurso inicial, sendo direccionado ao mass market, acredito que me tenha dado uma visão verdadeiramente 360º da exigência dos produtos fast moving ao longo da cadeia de abastecimento”, explica.

Conta que apenas mais tarde, quando teve o primeiro contacto com o sector Pharma, foi descobrindo algumas outras áreas mais específicas, como Quality Affairs, Regulatory e Farmacovigilância, e o impacto destas nas operações de fornecimento de medicamentos.

“Penso que estes dois grandes capítulos da minha carreira, até agora, me muniram com as capacidades necessárias para o desempenhar das funções que me são requeridas, também a nível de soft skills, para o meu dia-a-dia actual”, comenta o supply chain manager.

O profissional demonstra ter uma grande preocupação com as questões ambientais, e também destaca o trabalho que a GSK tem feito a esse respeito, sublinhando que nos últimos 20 anos a empresa reduziu o seu consumo de água em mais de 30%, mas revela que algo que o alicia bastante é a gestão de pessoas “num contexto de bastante diversidade, pelas diferentes áreas que tratamos no nosso Customer Supply Chain”.