No “Programa Estratégico e dos Fundos Europeus” do PSD para o decénio de 2020/2030, o Partido Social Democrata apontou 15 desafios das políticas públicas, entre os quais referia, no 10º ponto, “Infraestruturas: mais mobilidade das pessoas e bens, descarbonização dos transportes, melhor logística para as indústrias e melhores ‘smart cities’”, a alocação de 6.700 milhões de euros de fundos europeus para as infra-estruturas ao nível dos transportes e da mobilidade, divididos entre o Programa Comunitário PT2030, com 4,7 mil milhões, e o European Recovery Program (ERP), com 2 mil milhões.

Os maiores investimentos são ao nível da Linha Ferroviária Lisboa Porto, e ao nível dos transportes urbanos e mobilidade sustentável, ferrovia e material circulante.

Ao nível da expansão ferroviária as propostas do PSD irão ser “em função dos acordos que vierem a ser firmados a nível Europeu”, pode-se ler no documento, e irá procurar construir, nos próximos 15 anos, as linhas portuguesas do Corredor Atlântico da UE, e que no final deste período “deverão ser linhas em via dupla e bitola europeia”.

Destaca desde logo a Linha Ferroviária Lisboa Porto, com o objectivo de reduzir o percurso para duas horas (um trajecto que inclui quatro troços: Cacia-Gaia, Soure-Coimbra-Mealhada, Vale de Santarém-Entroncamento e Alverca-Azambuja), e na ligação Aveiro-Porto a renovação integral de via entre Ovar-Gaia, em projecto, que tem “um papel preponderante para a dinamização da Indústria que necessita de uma ligação eficaz ao Porto de Leixões”, refere ainda a fonte.

Outros projectos são a construção do primeiro troço da nova linha entre Aveiro e Salamanca, até à zona de Viseu/Mangualde; na linha Lisboa Madrid, uma linha de alto desempenho para possibilitar a ligação entre os portos portugueses aos espanhóis e mesmo à Europa, dirigida para o transporte de carga e que nos irá conectar com a infra-estrutura principal da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T), à qual pertence a secção Évora-Mérida; na linha Sines/Grândola-Norte e de Sines, a adaptação da ligação de comboios de mercadorias entre Sines e a fronteira do Caia, com a possibilidade de criar zonas logísticas de apoio empresarial; e ainda a ligação dos aeroportos à ferrovia, num programa de acessos rodo e ferroviários.

Poderá aceder ao Programa Estratégico e dos Fundos Europeus na íntegra AQUI.