A Tabaqueira irá reforçar a sua posição entre os 10 maiores exportadores nacionais, com um aumento previsto de 8% face a 605 milhões de euros de vendas externas registadas o ano passado, segundo o Jornal Expresso.

Segundo Miguel Matos, Director-Geral da empresa, 82% da produção de 2019 foi exportada sobretudo para Espanha, Itália e França. “Em 2020, estimamos que 86% da produção total da fábrica destinar-se-à a mercados de exportação, o que traduzir-se-à num aumento de cerca de 8% no valor das exportações, e de 14% no volume de produção total”, acrescentou. A empresa irá aumentar o nível de produção de 26 mil milhões para 29 mil milhões de cigarros.

O responsável refere que o aumento de produção não corresponde a um crescimento da procura, mas sim para prevenir eventuais rupturas de stock noutros mercados e realocar trabalho devido ao fecho de unidades fabris.

Apesar da única fábrica europeia da PMI que produz em exclusivo tabaco (heets) para o IQOS, Miguel Matos pretende promover a sua expansão em Portugal.

“Gostávamos que a Tabaqueira fosse rapidamente reconvertida para o heets”, afirma o responsável. A nível mundial, apenas 10 milhões dos mil milhões de fumadores é que passaram para o tabaco aquecido sendo objectivo da PMI aumentar a quota para 50 milhões até 2025.

Em Portugal, 200 mil pessoas já abandonaram o cigarro convencional e passaram a consumir tabaco aquecido, num universo que ronda os dois milhões de fumadores. Miguel Matos refere que a PMI tenderá a investir mais em países que abracem o tabaco sem combustão. A decisão da Food and Drug Administration (FDA) é de extrema importância, dada a reputação internacional do organismo, de acordo com o responsável.

A FDA concluiu que existe uma redução da exposição do fumador a químicos nocivos, tendo o Instituto de Risco Alemão e o National Health Service britânico chegado a soluções idênticas.

“Ao reduzirmos a nocividade dos produtos de tabaco, estamos também a contribuir para a sustentabilidade”, refere Miguel Matos. Neste tópico a empresa tem feito progressos. 100% da energia eléctrica consumida é proveniente de fontes renováveis que são reciclados ou valorizados energicamente mais de 99% dos resíduos gerados, desde 2015.

Entre 2010 e 2019, a Tabaqueira reduziu o consumo de água em 48%, de energia em 40% e a produção de CO2 em 71%, e, no ano passado, investiu cerca de um milhão de euros na construção de uma central foto-voltaica com a capacidade de 1 Megawatt de geração.