Em visita às instalações da Olano Portugal, localizadas na Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda, a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, defendeu que o investimento no primeiro porto seco será uma forma de criar emprego e de fixar pessoas na região, e que a Guarda reúne as condições necessárias para o receber.
“Vivemos momentos que nos obrigam a repensar e a redireccionar as nossas prioridades, mas também a tornar evidentes algumas das prioridades identificadas há uma década e que podem ser uma forma de transformar o interior numa centralidade”, defendeu Ana Mendes Godinho durante a visita.
Segundo a ministra, a recente vitória da concessão na Plataforma Logística de Leixões por parte da Olano Portugal foi um “passo importantíssimo” para a região, pois o operador logístico passou a ter capacidade de acolher mercadorias que chegam por via marítima. “É um passo decisivo para o passo seguinte em que estamos todos empenhados em trabalhar e serei uma grande defensora no sentido de criar aqui, cada vez mais, as condições para o arranque deste porto seco, como um eixo fundamental do posicionamento nesta centralidade do interior da península”, e disse ao director-geral da Olano Portugal, João Logrado, que pode contar com o Governo “para tudo fazer no sentido de criar as condições” nesse sentido.
Ana Mendes Godinho também realça que a interioridade da Guarda deve ser vista “como uma grande vantagem de ligação ao resto da Europa”, feita através do sector da logística, procurando assim criar a necessidade de “termos mais foco e mais capacidade de atrair investimento e de criar emprego”.
Face aos investimentos recentes no Norte do país, frisou ainda a importância estratégica que esta geografia traz, nomeando desde logo as requalificações em curso e em finalização das “linhas ferroviárias da Beira Baixa e da Beira Alta, e da linha de concordância entre ambas”, onde “a cidade e região assumem uma localização estratégica que a coloca como o único ‘hub’ de distribuição nacional, para a exportação e importação de matérias-primas, produtos e serviços”.
João Logrado defende mesmo que a própria PLIE devia ser o porto seco, e que “depois nós levávamos os contentores aos comboios. Estamos a falar de aspectos burocráticos e de interesse efectivo para que isso seja criado. Basta a vontade política que a senhora ministra já demonstrou, o resto já cá existe e vamos dar mais vida à plataforma logística”, conclui.